Mercado Público de Porto Alegre registra movimento abaixo do esperado após decreto da prefeitura

Mercado Público de Porto Alegre registra movimento abaixo do esperado após decreto da prefeitura

Administração aumentou restrições para conter expansão da Covid-19

Felipe Samuel

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Por conta da vigência das alterações do decreto municipal, que determinam funcionamento exclusivamente para restaurantes e comércio de alimentação e produtos alimentícios, nos sistemas de tele-entrega (delivery) e pegue e leve (take away), o Mercado Público registra movimento abaixo do esperado pelos lojistas. Com a proibição do ingresso de clientes nos estabelecimentos e a formação de filas, mesmo que externas, poucos usuários foram ao local. Nas entradas pelo Largo Glênio Peres e avenida Borges de Medeiros, os frequentadores passavam por aferição de temperatura.

Dentro do Mercado Público, restaurantes mantinham mesas separadas com distância adequada, enquanto o movimento reduzido deixava os corredores praticamente vazios. Mesmo com todos os cuidados para atender o público conforme as novas regras, como desinfecção preventiva realizada nos dois dias anteriores e dispositivos de higienização de mãos com álcool em gel, um público bem abaixo do habitual se arriscou a visitar o local. Proprietária da Comercial Martini, instalada na loja 11, Adriana Kauer afirma que os novos regramentos assustam os comerciantes.

"O mercado já vinha cuidando dessa coisa das pessoas dentro do mercado, com controle de acesso, aferição de temperatura, tínhamos álcool gel com pedal para evitar contaminação", afirma. Na loja, Adriana comercializa produtos de confeitaria e chocolate e atende um público 'que está conseguindo sobreviver agora' com as vendas de 'confeitaria para fora, feita em casa'. "O Mercado hoje está limpo, é um local extremamente arejado, pode ser comparado a um supermercado pelos produtos que vende", ressalta.

Com fluxo reduzido de visitantes desde o início da pandemia, Adriana diz que o local recebe menos de 50% do público tradicional. "A questão de atender na porta, no balcão, não é problema para ninguém, a gente pode fazer sem problema nenhum. O que a gente sente realmente é que alguns colegas foram fechados, sendo que eles não interferiam num número grande de pessoas", critica. "O movimento caiu vertiginosamente, vínhamos operando com 50% e baixou para 25% do movimento, da capacidade de público. Hoje está em menos do que 25%", compara.  


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