Meta de imunização em Porto Alegre é vacinar mais de 65 mil crianças

Meta de imunização em Porto Alegre é vacinar mais de 65 mil crianças

Começou nesta segunda-feira a campanha nacional de vacinação

Correio do Povo

Vacinação começou nesta segunda-feira e vai até o dia 31 de agosto

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Com o objetivo de reduzir a possibilidade de retorno da poliomielite e do sarampo, doenças já eliminadas no Brasil, começou nesta segunda-feira em todo o país a campanha nacional de vacinação. A imunização será realizada até o dia 31 de agosto. O dia D de mobilização nacional será no dia 18 de agosto, quando mais de 36 mil postos estarão abertos. A meta do Ministério da Saúde é vacinar, pelo menos, 95% das 11,2 milhões de crianças de um ano até cinco anos incompleto.

Em Porto Alegre, a abertura da campanha foi realizada na Unidade da Saúde Tristeza, na zona Sul da cidade. O secretário municipal da Saúde, Erno Harzheim, informou que a meta é imunizar 65.181 crianças. Segundo ele, os pais devem vacinar às crianças porque estão ocorrendo surtos epidêmicos das duas doenças em diversos países.

"Na Europa, foram registrados surtos de sarampo em 2016 e 2017. Temos um número grande de casos no Amazonas e 13 casos no Rio Grande do Sul. A melhor maneira de prevenir as enfermidades é a vacinação", destacou.



No Rio Grande do Sul, a meta de vacinação da Secretaria Estadual da Saúde  (SE S)contra a poliomielite e o sarampo é imunizar, pelo menos, 95% das 528 mil crianças dentro da faixa etária. Até o momento, são 13 casos de sarampo confirmados no Rio Grande do Sul, sendo em pessoas com histórico de viagem à Europa e ao Amazonas ou com contato próximo a elas. O secretário informou ainda  que as unidades de saúde atendem de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Na Clínica de Família da Restinga, o horário é estendido, das 8h às 20h.

Na US Tristeza e US São Carlos e no Centro de Saúde Modelo, o atendimento é das 8h às 22h. A rede municipal terá 125 salas de vacina abertas para receber a população. Das 139 salas mantidas pela secretaria, 14 apresentam problemas técnicos na rede de frio - equipamentos utilizados para conservar as vacinas. Harzheim garantiu que nestes locais a aplicação da vacina será retomada nos próximos dias. Ontem pela manhã, a dona de casa Karine Domingues de Oliveira levou os dois filhos para tomar as doses da poliomielite e para realizar a vacina contra o sarampo.

No entanto, apenas o menino Luca, 4 anos, precisou de se imunizar e como todas as crianças da sua faixa etária acabou chorando quando do momento de tomar a injeção contra o sarampo. Com relação ao sarampo, existem registros de casos em alguns países da Europa e das Américas. Em 2017, foram 173.330 ocorrências. Em 2018 (até maio), 81.635 casos confirmados, a maioria em países do Sudeste Asiático e Europa. Atualmente, o Brasil enfrenta dois surtos de sarampo: em Roraima e no Amazonas.

Até o dia 25 de julho, foram confirmados 822 casos no Amazonas e em Roraima. Além disso, alguns casos isolados foram identificados nos estados de Rio de Janeiro (14); Rio Grande do Sul (13); Pará (2), Rondônia (um) e São Paulo (um).

O reaparecimento da doença está relacionado às baixas coberturas e a presença de venezuelanos no país, comprovado pelo genótipo do vírus (D8) identificado, que é o mesmo que circula na Venezuela. No caso da Poliomielite, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), três países ainda são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão).

O Brasil está livre da doença desde 1990. Em 1994, o país recebeu, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem. 

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