Metade dos pacientes em UTIs de Porto Alegre são de Covid-19

Metade dos pacientes em UTIs de Porto Alegre são de Covid-19

Dos 856 leitos operacionais da Capital, 715 estavam ocupados, sendo 300 pacientes confirmados e 59 suspeitos do coronavírus

Jessica Hubler

Metade dos pacientes em UTIs são de Covid-19

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Pelo menos 50,20% dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) adulto de Porto Alegre, na tarde desta quinta-feira, tinham diagnóstico positivo ou suspeita da Covid-19. Dos 856 leitos operacionais da Capital, 715 estavam ocupados, sendo 300 pacientes confirmados e 59 suspeitos do novo coronavírus.  Além disso, 10 pacientes confirmados da Covid-19 estavam em emergências hospitalares aguardando por leitos de UTI.

A taxa geral de ocupação nas UTIs adulto da Capital era de 85,02%. O hospital com maior número de internações relacionadas à Covid-19 era o Hospital de Clínicas, com lotação de 88,13% na UTI, sendo que dos 162 leitos, 141 estavam ocupados e 98 deles estão relacionados à covid-19 (88 confirmados e 8 suspeitos).

A médica intensivista na UTI Covid do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Thais Buttelli, afirma que ainda é cedo para fazer uma previsão a médio e longo prazo. "O que temos percebido dos últimos cinco dias é uma diminuição na demanda por leitos de UTI, mas não é uma redução muito expressiva. Em julho tivemos uma média de 15 solicitações por dia de leitos de UTI e em agosto a média está em 13,7, caiu um pouco, mas não é uma queda significativa", destaca.

Nos últimos cinco dias houve uma diminuição mais expressiva. "De segunda pra cá estamos ficando com uma média de sete ou oito solicitações por dia, mas a nossa demanda da emergência continua entrando, não houve uma redução e continuamos internando os pacientes da nossa enfermaria também que não reduziu. Então a lotação das UTIs ainda é alta, apesar de girar bastante", enfatiza.

Trabalhar com 105 leitos de UTI dedicados para paciente com a Covid-19 praticamente sempre lotados é um desafio para os profissionais da saúde, assinala Thais. "A gente estabilizou em um patamar ruim nas últimas quatro semanas, então qualquer sinalização de alívio que a gente tenha dá uma esperança de que vai melhorar, mas precisamos ter cautela com esse julgamento, porque em julho também tivemos um arrefecimento e dias depois lotamos de novo", comenta.


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