Micos do extinto minizoo da Redenção serão devolvidos ao habitat natural

Três mico-pregos que viviam no Minizoo Palmira Gobbi Dias, no Parque da Redenção, e outros seis serão devolvidos ao habitat natural na próxima sexta-feira pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama). Desde dezembro de 2011, os animais foram realocados no Criadouro Conservacionista São Braz, em Santa Maria, e as equipes do Ibama contaram com o apoio de especialistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Eles foram coordenados pela bióloga Renata Ferreira, graduada em psicobiologia e fisiologia animal pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra.

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“Associamos a experiência desta equipe ao nosso trabalho que é inédito no Brasil. Todos os cuidados foram tomados, até chegarmos a este momento. Os animais foram microchipados, estão com rádio-colar, para um acompanhamento que se estenderá por mais um ano”, revelou médico-veterinário Paulo Wagner, do Ibama.

Os mico-pregos permanecerão na região de Canela, em uma propriedade particular. Nos três meses iniciais, o acompanhado será intensivo e presencial, incluindo a utilização de câmeras para registro de imagens.

“Estamos muito confiantes e convictos com o sucesso desta iniciativa. É um passo importante e libertador para animais que foram retirados da natureza e agora, de forma científica e planejada, retomam a liberdade”, afirmou Wagner, lembrando que a equipe da Ufrn fez um trabalho semelhante no Piauí e com 95% de efetividade.

Outros animais do minizoo

A decisão de se transferir os mais de 80 animais – micos-prego, araras, ratões-do-banhado e jabutis – do Minizoo do Parque Farroupilha foi tomada depois de o Ibama verificar a situação inadequada de alojamento, que comprometia a qualidade de vida das espécies. Principalmente em razão da umidade, ausência de luz solar, ações de vândalos e ruídos causados pelo trânsito do entorno.

No Criadouro Conservacionista São Braz, de Santa Maria, os animais foram separados por espécies e estão muito bem adaptados. As araras se acasalaram e os papagaios ganharam novos parceiros, em recintos espaçosos para poder se movimentar e voar com naturalidade.