Ministério da Saúde faz 'operação de guerrilha' virtual sobre H1N1
Para reagir aos e-mails com boatos e esclarecer a população, equipe tira dúvidas e mantém perfis em redes sociais
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Resultado: entre 8 de março e 26 de maio, foram 41.361 intervenções. E a equipe responsável pelo serviço passou a ser convidada para dar palestras em outros órgãos públicos, como o Ministério Público Federal, sobre como ampliar a participação na rede mundial de computadores.
O trabalho na internet começou em 2007, durante uma campanha de doação de órgãos, quando comunidades sobre o tema foram contatadas e repassaram as informações do ministério. A ação foi intensificada com a vacinação contra rubéola - o boato da época era que a imunização seria uma campanha de esterilização em massa.
A participação na web ganhou força com o início da vacinação contra a gripe suína. "Em março, recebi até 40 e-mails por dia de pessoas perguntando se as informações daquele e-mail eram verdade", diz Marcier Trombiere, chefe da assessoria de Comunicação Social do Ministério da Saúde.
A estratégia foi responder a cada mensagem, replicar para todos os destinatários do e-mail e pedir que a informação "correta e científica" fosse retransmitida. "O ministério foi impelido a trabalhar de forma ostensiva na internet", afirma Trombiere. Hoje, o Ministério da Saúde tem uma equipe de 12 pessoas para monitorar a internet. O tempo médio de resposta é de 15 a 30 minutos.