Ministério da Saúde só reconhece 88 casos de toxoplasmose em Santa Maria
Secretaria Estadual da Saúde diz que existem 485
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A afirmação decorre da investigação que técnicos do Ministério da Saúde fazem em Santa Maria para compreender as causas do surto no município. Para diferenciar se a infecção ocorreu recentemente ou se é mais antiga, é preciso um segundo exame, que é realizado no Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen). Conforme a nota, sem esse segundo exame, é possível confundir os números e incluir, no surto, infecções que não são recentes.
Para a secretária da Saúde do município, Liliane Mello Duarte, o número informado pelo Ministério da Saúde não bate com todos os boletins e trabalhos realizados pelas equipes de saúde que reconhecem os 485 casos confirmados de toxoplasmose em Santa Maria.
Liliane também disse ainda não ter sido informada de forma clara pelo Ministério da Saúde sobre como se chegou a esse número e à conclusão de que Santa Maria não vive um surto de toxoplasmose capaz de demandar um reforço nos estoques de medicamento. Na semana passada, a Prefeitura estimou que, se o número de casos confirmados seguir aumentando, é possível que os remédios disponíveis terminem ainda em junho.
O que pode ser considerado surto
Surto: acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica. Para ser considerado surto, o aumento de casos deve ser maior do que o esperado pelas autoridades.
Veja a nota do Ministério
“Até o último dia 30 de maio, estavam confirmados, laboratorialmente, pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, 88 casos de toxoplasmose com indício de infecção recente. Nestes casos, somente este segundo exame leva em consideração o período de infecção que deu positivo. Ou seja, é possível saber que a transmissão ocorreu neste surto atual, com a mesma fonte de infecção provável”.