Ministério da Saúde vai integrar o armazenamento e a distribuição de medicamentos no SUS
Com a mudança, todos os estoques estarão concentrados em São Paulo
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A licitação no novo modelo garante a responsabilização da empresa desde a retirada do produto, nos portos ou aeroportos, o transporte, a armazenagem até a entrega. Assim, responde pelos desvios ou pelo mal acondicionamento do medicamento. A expectativa é que o novo fornecedor, a partir de ferramentas modernas, acompanhe inclusive informação sobre data de vencimento. Assim, será possível tornar esses serviços mais eficazes e coordenar melhor os gastos, pois evita valores adicionais além do previsto em contrato.
“Com o excesso de contratos e todos descentralizados é uma tarefa complexa coordenar de forma efetiva a qualidade dos serviços. A centralização diminuirá os riscos de perdas de medicamentos e insumos na armazenagem, garantirá mais agilidade na distribuição, reduzirá o tempo para o transporte e vai melhorar a infraestrutura. Com certeza, daremos maior agilidade na entrega”, enfatiza o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Com a mudança, todos os estoques do Ministério da Saúde estarão concentrados em São Paulo. Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a centralização no estado deve reduzir em 20% os gastos de logística. Dois dos maiores aeroportos do país, inclusive o principal para importação de medicamentos, estão em São Paulo e isso reduz custo com transporte. Além disso, 64% da demanda por medicamentos e insumos de saúde está no Sudeste e São Paulo é o estado que apresenta as melhores propostas de empresas especializas com menor custo.
Atualmente, são oito armazéns (câmaras frias, armazém de insumos e de praguicida), quatro deles no Distrito Federal e quatro no Rio de Janeiro. E cada um deles mantém outros contratos de aluguel, mão-de-obra e manutenção, por exemplo.
Com a localização dos almoxarifados em São Paulo, o Ministério da Saúde pretende ainda aumentar em 20% o espaço total de armazenagem de medicamentos e insumos. A capacidade, que atualmente é de 16.300 unidades, passará para 19.500. Se considerarmos aqueles produtos que exigem maior cuidado e precisam ser armazenados em câmara fria, a capacidade aumentará em 27,70%.