Moradores das ilhas aguardam avaliação da prefeitura para retornar as residências
A expectativa é que os cidadãos voltem para as suas casas na próxima sexta-feira
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Patrícia Salcedo, do Centro de Relações Institucionais e Participativo Ilhas (CRIP/Ilhas), informou que 28 famílias (aproximadamente 120 pessoas) estão no local desde a semana passada. “Muitas famílias não tem condições de retornar porque as residências estão completamente alagadas”, explicou. Na rua Nossa Senhora Aparecida, na Ilha Grande dos Marinheiros, o aposentado Manoel Valdir da Silva utiliza um barco para poder entrar em casa. Ele vive no local com a esposa e um filho e já pensa em deixar a região. “A ideia é vender a casa e ir morar em São Leopoldo em um local mais seguro”.
Na escola Alvarenga Peixoto, a dona de casa Liane Souza Farias, também residente na rua Nossa Senhora Aparecida, afirmou que a água estava pela cintura. “Levantamos os móveis e deixamos o local imediatamente”, comentou a conselheira do Orçamento Participativo que vive há 35 anos na região. Ela torce para que o tempo permaneça bom para poder retornar para casa. Segundo Liane Souza, diversas famílias da Ilha Grande dos Marinheiros não querem deixar suas residências com o receio de que aconteçam saques.
Na Ilha da Pintada, pelo menos 30 pessoas acamparam à beira da rodovia, e outras 60 estão na mesma condição na Ilha do Pavão. Na Ilha das Flores, segundo a Defesa Civil de Porto Alegre, 20 pessoas não quiseram sair de casa e optaram por ficar em barracas montadas em uma área onde funcionava o antigo posto Teixeirinha.