Moradores do Jardim do Salso reclamam de abandono de terreno baldio
Problema do acúmulo de lixo é agravado pelas chuvas, já que passa um córrego pelo local
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A comunidade recorreu à Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal e entregou um manifesto, com 300 assinaturas. “Representantes do Departamento de Esgotos Pluviais, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, do Departamento Municipal de Limpeza Urbana e da Secretaria Municipal de Obras e Viação estavam presentes nessa audiência e nenhuma solução foi apresentada”, reclamou Ávila.
O vereador Waldir Canal recebeu uma comissão de moradores da área e alertou para a gravidade da situação. “Todos estão preocupados com as chuvas de verão. Quem vive na parte baixa do córrego convive com lixo dentro de casa nos temporais. É preciso interromper o jogo de empurra e encontrar uma solução para a área”, declarou Canal. A situação do córrego não é novidade. “Enfrentamos o mau cheiro, lixo e degradação há 30 anos. A situação só piora. Em dias de chuva forte o córrego transborda e espalha lixo pelas vias públicas chegando próximo às casas”, disse o advogado.
Ele lembrou que algumas ONGs tentaram ajudar fazendo um receptáculo para o depósito de lixo e sucatas, mas pouco tem adiantado. Crianças dividem espaço com ratos, baratas e sapos. “Algo intolerável devido à possibilidade de contágio de doenças”, disse. Os moradores do bairro Jardim do Salso também aguardam reunião com a Promotoria do Meio Ambiente.
O Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) prometeu enviar uma retroescavadeira nesta sexta-feira para remover os entulhos. O supervisor de Operações do DMLU, Adelino Lopes Neto, frisou que o depósito irregular de lixo agrava o problema. “Realizamos a limpeza periodicamente desde as partes mais altas, mas em poucos dias volta todo o tipo de lixo na região. Como a vila foi ocupada irregularmente, o arroio precisa estar desobstruído para escoar as águas da chuva”, afirmou Lopes Neto.