Moradores do Menino Deus fazem nova manifestação por segurança

Moradores do Menino Deus fazem nova manifestação por segurança

Grupo homenageou empresário morto no começo do mês

Karina Reif

Grupo pediu mais segurança no Menino Deus

publicidade

Família, amigos e vizinhos do empresário Elvino Nunes Adamczuk fizeram um protesto no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, onde ele foi morto no dia 5 deste mês, vítima de bala perdida. Ele faria 49 anos, neste sábado. A manifestação foi seguida por caminhada na avenida Getúlio Vargas. O grupo pedia mais segurança.

A viúva, Adriana Paula Adamczuk, contou que a padaria da vítima foi reaberta após a missa de sétimo dia, mas o estabelecimento tem fechado mais cedo. Antes ficava aberto até cerca de 21h e agora somente até um pouco depois das 19h. Segundo ela, os moradores da região tem evitado sair para a rua à noite. “Está muito difícil lidar com a falta dele e com a insegurança.”

A presidente da Associação dos Amigos e Moradores do Bairro Menino Deus (Assamed), Oleti Gomes, disse que o número de assaltos, furtos arrombamento e ataques está cada vez maior. “A situação está caótica.”

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, voltou a pedir que o Estado chame apoio federal. “A violência ultrapassou todos os limites suportáveis. Respeito a Brigada Militar (BM), mas está na hora de reforçarmos a segurança com a força nacional.” Muitas pessoas que participaram do protesto no sábado concordam.

Adriana afirmou, contudo, que as autoridades é que tem que avaliar a possibilidade. “Mas alguma coisa tem que fazer. O governador (José Ivo Sartori) está vivendo em um país das maravilhas, não está atento à realidade”, declarou.

O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS e especialista em Análise Social da Violência e Segurança Pública, Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo, avalia que a crise na segurança segurança pública chegou a total colapso. Ele explicou que a Força Nacional é usada para situações de conflito e controle em determinadas áreas, o que não seria o caso atual do Estado.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895