Moradores do Menino Deus fazem nova manifestação por segurança
Grupo homenageou empresário morto no começo do mês
publicidade
A viúva, Adriana Paula Adamczuk, contou que a padaria da vítima foi reaberta após a missa de sétimo dia, mas o estabelecimento tem fechado mais cedo. Antes ficava aberto até cerca de 21h e agora somente até um pouco depois das 19h. Segundo ela, os moradores da região tem evitado sair para a rua à noite. “Está muito difícil lidar com a falta dele e com a insegurança.”
A presidente da Associação dos Amigos e Moradores do Bairro Menino Deus (Assamed), Oleti Gomes, disse que o número de assaltos, furtos arrombamento e ataques está cada vez maior. “A situação está caótica.”
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, voltou a pedir que o Estado chame apoio federal. “A violência ultrapassou todos os limites suportáveis. Respeito a Brigada Militar (BM), mas está na hora de reforçarmos a segurança com a força nacional.” Muitas pessoas que participaram do protesto no sábado concordam.
Adriana afirmou, contudo, que as autoridades é que tem que avaliar a possibilidade. “Mas alguma coisa tem que fazer. O governador (José Ivo Sartori) está vivendo em um país das maravilhas, não está atento à realidade”, declarou.
O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS e especialista em Análise Social da Violência e Segurança Pública, Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo, avalia que a crise na segurança segurança pública chegou a total colapso. Ele explicou que a Força Nacional é usada para situações de conflito e controle em determinadas áreas, o que não seria o caso atual do Estado.