Moradores protestam contra terceirização de unidade de saúde no bairro Mário Quintana

Moradores protestam contra terceirização de unidade de saúde no bairro Mário Quintana

Comunidade reivindica permanência do formato atual de atendimento na Unidade de Saúde Chácara da Fumaça

Taís Teixeira

Munidos de faixas com mensagens contrárias à terceirização da equipe de saúde que atende na Unidade de Saúde Chácara da Fumaça, no bairro Mário Quintana, Porto Alegre, um grupo de moradores protestou à medida do governo municipal no meio da  Avenida  Estrada. Martim Félix Berta no fim da tarde de segunda-feira. Segundo o morador do bairro há 30 anos, Manoel Rocha, bom quadro de servidores concursados e a comunidade está preocupada com a proposta do governo municipal de alteração do formato, que prevê  a substituição por uma equipe terceirizada. "Têm médicos com mais de 20 anos atendendo os moradores e não queremos perder esse vínculo,queremos reivindicar a permanência do  atual modelo de atendimento", disse. Rocha, que também é  integrante da Associação de Moradores do Bairro Mário Quintana e do Conselho Local de Saúde, além de outras atribuições em defesa do local,  destacou que essa mudança prejudica os usuários.

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Munidos de faixas com mensagens contrárias à terceirização da equipe de saúde que atende na Unidade de Saúde Chácara da Fumaça, no bairro Mário Quintana, Porto Alegre, um grupo de moradores protestou à medida no meio da  Avenida  Estrada. Martim Félix Berta no fim da tarde de segunda-feira. Segundo o morador do bairro há 30 anos, Manoel Rocha, bom quadro de servidores concursados e a comunidade está preocupada com a proposta do governo municipal de alteração do formato, que prevê  a substituição por uma equipe terceirizada. "Têm médicos com mais de 20 anos atendendo os moradores e não queremos perder esse vínculo,queremos reivindicar a permanência do  atual modelo de atendimento", disse. Rocha, que também é  integrante da Associação de Moradores do Bairro Mário Quintana e do Conselho Local de Saúde, além de outras atribuições em defesa do local,  destacou que essa mudança prejudica os usuários.

A moradora Maria Iraci Viana Martins, 61 anos, contou que faz um tratamento para depressão há quase 20 anos por um médico da unidade de saúde, está apreensiva com a possível troca do profissional. "Se trocar o médico, como vamos ficar? Eu confio nele. Nos trata como se fosse da família, não quero que ele saia", reforçou.

O clínico geral Márcio Eduardo de Brito atua há 16 anos na comunidade e salientou que foi "pego de surpresa'' com esse anúncio. "Eu como trabalhador de saúde acho essa atitude uma medida um problema social grave, um dos princípios do SUS é a longitudinalidade, que é a questão do vínculo, como o caso da pediatra que atua há 27 anos", exemplifica. Brito, que também é, entende essa intervenção como  prejudicial para a população, que deveria  "ser tratada com mais respeito". O médico, que é representante dos trabalhadores no Conselho Distrital Nordeste, acrescentou que ainda não sabe para onde irá, já que há uma lista de locais disponíveis.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), explicou que o   processo de contratualização das unidades de saúde vem ocorrendo desde o início de 2020 na Capital, parceria tem garantido um maior número de equipes completas com médico, enfermeiro e técnico de enfermagem, mais atendimentos e uma infraestrutura mais qualificada aos usuários.Para dar continuidade a esse processo, a Secretaria Municipal de Saúde irá ampliar de 99 para 114 o número de unidades de saúde contratualizadas em Porto Alegre.

"Os servidores municipários e municipalizados lotados nesses serviços serão remanejados para outros locais, nos quais trabalharão junto a outros profissionais estatutários em equipes com dimensionamento adequado para a população atendida. Os servidores poderão se manifestar para quais locais gostariam de ser remanejados", estava escrito no documento.

 
 
 

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