Moradores protestam devido à falta de medicamentos contra meningite

Moradores protestam devido à falta de medicamentos contra meningite

Criança de oito anos morreu nesta terça-feira vítima da doença, em Cachoeirinha

Fernanda Bassôa

População interrompeu a passagem de carros, ônibus e caminhões

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A morte de um menino de oito anos, morador de Cachoeirinha, a sétima por meningite bacteriana no Rio Grande do Sul e falta de medicamentos provocou o bloqueio da RS 118 na tarde desta terça-feira. A população interrompeu a passagem de carros, ônibus e caminhões ao longo da rodovia. De acordo com dados do Comando Rodoviário da Brigada Militar de Gravataí, o protesto resultou em um congestionamento que chegou a marca de sete quilômetros.

Durante a tarde, dezenas de crianças e adultos (pais) aguardavam a chegada de medicamentos no pátio da Escola Municipal Alzira Silveira Araújo, onde a criança estudava no segundo ano do ensino fundamental. Na mesma escola, na semana passada, uma outra jovem acabou falecendo vítima da doença. Uma terceira criança, uma menina de 12 anos, segue internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital Conceição, na Capital.

“Noventa comprimidos de profilaxia foram distribuídos pela Secretaria de Saúde do Estado aos estudantes de duas salas de aula e também aos professores”, disse o secretário de saúde do município de Cachoeirinha, Amir Selaimen, garantindo que todas as pessoas que tiveram contato direto com as vítimas estão sendo monitoradas e submetidas a tratamento com antibióticos via oral. “Não é vacina.”

As aulas foram suspensas até a próxima sexta-feira. A secretária de Educação de Cachoeirinha, Elisamara Roxo, confirmou que todas as crianças identificadas com meningite são da mesma escola, porém de anos diferentes. “Adotamos esta medida em caráter emergencial e é bem possível que possamos antecipar o período de férias escolares (de inverno). As aulas perdidas serão recuperadas no fim do ano. O retorno das atividades está previsto para o dia 3 de agosto”, explica Elisamara.

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