Moradores protestam e Prefeitura admite precariedade das casas de bomba

Moradores protestam e Prefeitura admite precariedade das casas de bomba

Área foi uma das mais afetadas pelas chuvas desta semana com vários pontos de alagamento

Henrique Massaro

Moradores da Vila Farrapos protestam e Prefeitura admite precariedade das casas de bomba

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Moradores do bairro Vila Farrapos, uma das regiões mais afetadas pelas chuvas desta semana, na zona Norte de Porto Alegre, se reuniram em manifestação na manhã desta sexta-feira devido ao problema, segundo eles já recorrente. O grupo fechou o cruzamento da rua Frederico Mentz e Adelino Machado de Souza, onde está localizada uma das casas de bomba do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), que não dá conta dos alagamentos nas vias.

Em nota, a Secretaria de Serviços Urbanos (Surb) informou que as casas de bomba do DEP de fato têm uma situação precária. Segundo as informações, a região da Vila Farrapos possui duas casas de bombas. Uma delas abrange somente a Vila Farrapos e encaminha as águas para a outra, que, por sua vez, abrange Vila Farrapos, Humaitá e região da Arena do Grêmio. Ela possui quatro bombas, duas delas estragadas.

Moradora da rua Adelino Machado de Souza há todos os seus 48 anos de idade, Madalena Pereira trabalhava para tirar a água de dentro de casa. A enchente invadiu sua residência até a altura do sofá e ela precisou levantar os móveis para não ser ainda mais prejudicada. De acordo com Madalena, esta foi a pior cheia que ela viu durante toda sua vida no local.

A principal reclamação dos moradores é de que a casa de bombas não funciona como deveria. O local apresenta aspectos de abandono e deterioração e, segundo uma funcionária que não quis se identificar, há três bombas na casa, sendo que uma delas não estava funcionando plenamente. Ainda conforme ela, os equipamentos não puderam ser ligados na quinta-feira, pois a água atingiu o nível da fiação, mas, às 7h, foram acionados.

Um dos moradores do bairro, Edmílson Rosa, disse que o problema com as bombas persiste há pelo menos dois anos. Ainda de acordo com ele, que integra reuniões do Orçamento Participativo (OP), uma verba já havia sido prometida para concertar os equipamentos, mas até agora nada foi feito. “O DEP é um órgão ausente aqui”, constatou Rosa.

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