Morre oitava vítima de incêndio em clínica psiquiátrica de Arroio dos Ratos
José Rodrigo Araújo Vasco estava internado na UTI do Hospital Cristo Redentor
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Seis pessoas consideradas responsáveis pelo crime foram denunciadas pelo Ministério Público à Justiça. Eles podem responder por sete homicídios triplamente qualificados – por motivo torpe, meio cruel (emprego de fogo e asfixia) e recurso que dificultou a defesa das vítimas. O grupo também é acusado de cárcere privado e de duas tentativas de homicídio.
Segundo o delegado Pedro Urdangarin, responsável pela investigação, a polícia não deve fazer novo indiciamento, já que o inquérito já foi remetido à Justiça. Porém, com a oitava morte, os acusados devem ser denunciados, neste caso, não por homicídio, mas por lesão corporal seguida de morte, o que deve ser acrescentado ao processo.
Os denunciados eram administradores e funcionários do local: Anderson Wagner dos Santos Zottis, presidente; André Fuentefria Quadrado, chefe do plantão; Carlos Augusto Batista, coordenador da unidade de Arroio dos Ratos; Paulo Ricardo Santos de Souza, supervisor da unidade; Roberto Carlos Lindner Dolejal, diretor; e Vander Luz Gomes Hernandes, monitor responsável no dia do incêndio. Eles seguem detidos preventivamente no Presídio Estadual de São Jerônimo.
As vítimas eram mantidas isoladas em uma área de contenção, gradeada e fechada com cadeado, depois de terem sido internadas para reabilitação. O Ministério Público sustenta que, na medida em que administradores operaram pela instalação das grades – o que não está previsto em lei –, assumiram o risco das mortes.
As vítimas morreram por não terem conseguido sair do local. Além de José Vasco, as outras sete foram identificadas como Paulo Elivelto Silva Rodrigues, Otávio Silva Napp, Mateus Scheitt Pietrich, Gabriel de Souza Rosa, Samir Prestes Ferreira, Adriano de Souza Antunes e Souza e Gustavo Brito Fagundes.