Motorista de ônibus tem 60% do corpo queimado após ataque em Minas Gerais
Estado tem sido alvo de série de incêndios a coletivos desde o mês passado
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O ônibus fazia a linha 7150, que liga o bairro Novo Riacho, em Contagem, a Belo Horizonte, e se aproximava, sem passageiros, do ponto final na cidade vizinha à capital quando foi obrigado a parar. A PM não tem o número exato de homens que abordaram o motorista. Os criminosos não deram tempo para que quem estivesse dentro do veículo descesse do ônibus. Um veículo Palio de cor escura foi usado na fuga. A polícia iniciou buscas, mas ninguém havia sido preso até a manhã deste segunda-feira.
Presídios
Na sexta-feira, outro ônibus já havia sido queimado no Anel Rodoviário, em Belo Horizonte, por três homens armados, que entraram no veículo na altura do Viaduto São Francisco e anunciaram que o coletivo seria queimado por causa de maus tratos a detentos de presídios do Estado. Motorista e passageiros desceram e os homens atearam fogo ao ônibus. No incêndio deste domingo, não houve anúncio pelos criminosos do suposto motivo para queima do veículo.
PCC
Em junho, cerca de 300 viagens foram suspensas durante a madrugada em Belo Horizonte após a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal receberem ameaças de ataques a ônibus. Conforme revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo", a série de ataques iniciada no começo de junho foi ordenada pelo PCC. Após a interrupção das linhas, o prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil (PHS), e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), se reuniram para discutir estratégias contra os atos de vandalismo.
À época, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra) sinalizou que pediria a suspensão das viagens em casos de novos incêndios.