Motoristas de ambulâncias denunciam jornadas abusivas
Sindicato alerta que profissionais jornada de 508 horas sem folga
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De acordo com Silva, os 25,5 mil trabalhadores que atuam como condutores para prefeituras e empresas privadas estão submetidos ao trabalho escravo no Estado. “É uma jornada de trabalho desumana em que o motorista cumpre uma carga horária de 168 horas semanais e sem direito a folga”, explica. A audiência pública contou com a presença de representantes do Conselho Estadual de Saúde, prefeitura de Porto Alegre e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Conforme o presidente do Sindcaers, os motoristas, além do cumprimento da jornada de trabalho exaustiva, são obrigados a levar os veículos para casa. “Queremos que os prefeitos assinem um termo de responsabilidade e fiquem responsáveis pelas ambulâncias”, acrescenta. Conforme Silva, no caso de acontecer algum sinistro com a ambulância que fica estacionada na frente da casa dos motoristas como um incêndio ou a depredação a responsabilidade é toda do condutor do veículo.
O departamento jurídico do sindicato fará um dossiê denunciando a situação dos motoristas de ambulância no Estado. O documento será entregue ao Ministério Público do Trabalho (MPT), a Famurs e as comissões de Saúde e Meio Ambiente e dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.