Motoristas de ambulâncias denunciam jornadas abusivas

Motoristas de ambulâncias denunciam jornadas abusivas

Sindicato alerta que profissionais jornada de 508 horas sem folga

Correio do Povo

Motoristas de ambulâncias denuncias jornadas abusivas

publicidade

Os motoristas de ambulância do Rio Grande do Sul realizam uma jornada de trabalho de até 508 horas por mês e não têm direito a folga. A denúncia foi feita nesta sexta-feira pelo presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância do Rio Grande do Sul (Sindcaers), Paulo Rogério Silva, durante audiência pública no Espaço de Convergência da Assembleia Legislativa.

De acordo com Silva, os 25,5 mil trabalhadores que atuam como condutores para prefeituras e empresas privadas estão submetidos ao trabalho escravo no Estado. “É uma jornada de trabalho desumana em que o motorista cumpre uma carga horária de 168 horas semanais e sem direito a folga”, explica. A audiência pública contou com a presença de representantes do Conselho Estadual de Saúde, prefeitura de Porto Alegre e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Conforme o presidente do Sindcaers, os motoristas, além do cumprimento da jornada de trabalho exaustiva, são obrigados a levar os veículos para casa. “Queremos que os prefeitos assinem um termo de responsabilidade e fiquem responsáveis pelas ambulâncias”, acrescenta. Conforme Silva, no caso de acontecer algum sinistro com a ambulância que fica estacionada na frente da casa dos motoristas como um incêndio ou a depredação a responsabilidade é toda do condutor do veículo.

O departamento jurídico do sindicato fará um dossiê denunciando a situação dos motoristas de ambulância no Estado. O documento será entregue ao Ministério Público do Trabalho (MPT), a Famurs e as comissões de Saúde e Meio Ambiente e dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895