Motoristas de aplicativos fazem carreata em Porto Alegre contra projeto de lei

Motoristas de aplicativos fazem carreata em Porto Alegre contra projeto de lei

Condutores realizaram concentração no Largo da Epatur

Cláudio Isaías

Motoristas de aplicativos iniciam carreata contra projeto de lei em Porto Alegre

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Os motoristas de aplicativos de transporte como Uber e Cabify protestaram nesta segunda-feira, em Porto Alegre, contra o projeto de lei (PL 28) de regulamentação da atividade que deve ser votado hoje no Senado. A manifestação reuniu mais de 400 veículos que realizaram uma carreta por diversas pontos da Capital.

A concentração dos condutores começou no Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa. Adesivados e com inscrições nos para-brisas contra o Projeto de Lei 28, os veículos circularam por diversos pontos da cidade durante o protesto, tendo como itinerário as ruas do Centro, o Aeroporto Salgado Filho, a avenida Farrapos e a avenida Icaraí, próximo ao BarraShoppingSul. O ato foi encerrado no largo Zumbi dos Palmares.

A manifestação dos motoristas de aplicativos deixou o trânsito lento na cidade. Na avenida Farrapos, a fila de veículos que foi até o aeroporto Salgado Filho ocupou a faixa da direita. Em razão disso, o trânsito ficou lento na região. Em alguns momentos do ato, os motoristas promoveram um “buzinaço” contra o projeto. Na rua Siqueira Campos, no Centro, os veículos ocuparam a faixa direita para proetstar contra o PL 28.



David Rodrigues, motorista e um dos organizadores do protesto na Capital, disse que o PL 28 vai prejudicar a categoria e os passageiros que utilizam os aplicativos nos seus deslocamentyos pela cidade. “Não existe motivos para criação de encargos e valores diferenciados porque somos uma plataforma virtual. Não funcionamos como táxis”, destacou. Já Karina Trindade, também organizadora da manifestação, afirmou que os motoristas dos aplicativos não concordam principalmente com a placa vermelha.

Segundo Karina Trindade, Porto Alegre possui hoje 12 mil motoristas e caso a placa vermelha e as taxas venham a ser adotadas ficará inviável para as plataformas trabalharem no País. O texto do PL 28 já foi aprovado pela Câmara dos Deputados em abril e determina que o serviço deverá seguir uma série de exigências como vistorias periódicas nos veículos, idade mínima para os condutores, “ficha Limpa” para os motoristas, adoção de placas vermelhas nos veículos e licença específica para o veículo rodar.  A mobilização dos motoristas de aplicativos ocorreu em diversas cidades brasileiras. A

s empresas como Uber e Cabify alegam que o projeto “proíbe a mobilidade do serviço”, ao exigir que os veículos tenham placas vermelhas iguais às dos táxis e que os motoristas tenham uma autorização específica para trabalharem com os aplicativos. O projeto ainda veta a circulação dos carros em cidades vizinhas, como em regiões metropolitanas, e exige que os motoristas utilizem veículos próprios, não sendo possível dividir o mesmo carro entre vários motoristas.

A Cabify opera atualmente em São Paulo, Campinas, Santos, São Vicente, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Santo André e também no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Porto Alegre. Já a Uber transporta no Brasil cerca de 17 milhões de usuários e está presente em mais de 100 cidades. São Paulo é a maior cidade da Uber em número de viagens.


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