Motoristas de aplicativos fazem carreata em Porto Alegre contra projeto de lei
Condutores realizaram concentração no Largo da Epatur
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A concentração dos condutores começou no Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa. Adesivados e com inscrições nos para-brisas contra o Projeto de Lei 28, os veículos circularam por diversos pontos da cidade durante o protesto, tendo como itinerário as ruas do Centro, o Aeroporto Salgado Filho, a avenida Farrapos e a avenida Icaraí, próximo ao BarraShoppingSul. O ato foi encerrado no largo Zumbi dos Palmares.
A manifestação dos motoristas de aplicativos deixou o trânsito lento na cidade. Na avenida Farrapos, a fila de veículos que foi até o aeroporto Salgado Filho ocupou a faixa da direita. Em razão disso, o trânsito ficou lento na região. Em alguns momentos do ato, os motoristas promoveram um “buzinaço” contra o projeto. Na rua Siqueira Campos, no Centro, os veículos ocuparam a faixa direita para proetstar contra o PL 28.
David Rodrigues, motorista e um dos organizadores do protesto na Capital, disse que o PL 28 vai prejudicar a categoria e os passageiros que utilizam os aplicativos nos seus deslocamentyos pela cidade. “Não existe motivos para criação de encargos e valores diferenciados porque somos uma plataforma virtual. Não funcionamos como táxis”, destacou. Já Karina Trindade, também organizadora da manifestação, afirmou que os motoristas dos aplicativos não concordam principalmente com a placa vermelha.Buzinaço dos motoristas de aplicativos contra o PLC 28/17, no Largo Epatur. @correio_dopovo @RdGuaibaOficial pic.twitter.com/cG8pYKLJ1p — Alina Souza (@alinasouzafoto) October 30, 2017
Segundo Karina Trindade, Porto Alegre possui hoje 12 mil motoristas e caso a placa vermelha e as taxas venham a ser adotadas ficará inviável para as plataformas trabalharem no País. O texto do PL 28 já foi aprovado pela Câmara dos Deputados em abril e determina que o serviço deverá seguir uma série de exigências como vistorias periódicas nos veículos, idade mínima para os condutores, “ficha Limpa” para os motoristas, adoção de placas vermelhas nos veículos e licença específica para o veículo rodar. A mobilização dos motoristas de aplicativos ocorreu em diversas cidades brasileiras. A
s empresas como Uber e Cabify alegam que o projeto “proíbe a mobilidade do serviço”, ao exigir que os veículos tenham placas vermelhas iguais às dos táxis e que os motoristas tenham uma autorização específica para trabalharem com os aplicativos. O projeto ainda veta a circulação dos carros em cidades vizinhas, como em regiões metropolitanas, e exige que os motoristas utilizem veículos próprios, não sendo possível dividir o mesmo carro entre vários motoristas.
A Cabify opera atualmente em São Paulo, Campinas, Santos, São Vicente, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Santo André e também no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba e Porto Alegre. Já a Uber transporta no Brasil cerca de 17 milhões de usuários e está presente em mais de 100 cidades. São Paulo é a maior cidade da Uber em número de viagens.