Movimento Lanceiros Negros projeta ficar no Centro Vida por no máximo duas semanas

Movimento Lanceiros Negros projeta ficar no Centro Vida por no máximo duas semanas

Reunião na tarde desta sexta discutiu temas como ajustes necessários no alojamento onde estão as famílias

Marco Aurélio Rua

Movimento Lanceiros Negros projeta ficar no Centro Vida por no máximo duas semanas

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A expectativa das famílias que integram a Ocupação Lanceiros Negros Vivem é de permanecerem no Centro Vida por no máximo duas semanas. Na reunião realizada na tarde desta sexta-feira entre a comissão que encaminhou o acordo que resultou na desocupação do Hotel Açores na quinta-feira e representantes da Prefeitura de Porto Alegre, foram discutidos temas considerados de maior urgência, como os ajustes necessários no alojamento onde estão as famílias e as alternativas de moradias do aluguel social.

De acordo com a coordenadora estadual do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), Nana Sanches, o acordo está separado em três fases: a de moradia provisória (Centro Vida), a de moradia no aluguel social e a de moradia definitiva. “A reunião foi boa. Primeiro tratamos sobre o Centro Vida. Há várias coisas para arrumar que ainda não tinham sido arrumadas”, disse Nana. Segundo ela, os banheiros e o telhado do alojamento necessitam de reparos. “O pessoal foi arrumar os banheiros ainda durante a reunião. De noite esperamos que a Brigada Militar instale as lonas”, contou.

Uma próxima reunião também foi marcada para daqui duas semanas. “Esperamos ficar menos de duas semanas no Centro Vida. Queremos ir para a próxima reunião já no aluguel social”, relatou a coordenadora estadual do MLB. A pauta do próximo encontro deverá ser as alternativas de moradia fixa.

Antes disso, o MLB e os outros integrantes da comissão, como a Defensoria Pública do Estado e a Brigada Militar, pretendem conseguir a concessão do aluguel social para todas as famílias que integram a Ocupação Lanceiros Negros Vivem. “Não queremos que somente algumas famílias tenham privilégio. Queremos alugar um local para todos ficarem juntos”, afirmou Nana.

No cadastro realizado pela Fasc há cerca de 70 famílias. “São mais de 230 pessoas”, ressaltou. Enquanto isso, as famílias estão organizando o alojamento cedido no Centro Vida. “Não é um local ideal, mas a gente limpou e organizou para usar com cuidado e zelo. A gente também conseguiu a liberação de mais alguns espaços dentro do abrigo”, disse a coordenadora.

Belize

O Departamento Municipal de Habitação (Demhab) descartou a possibilidade de alocar as famílias no Residencial Jardim Belize, no Bairro Restinga. O local foi citado na ata que descrevia as garantias para a desocupação do Hotel Açores como uma das alternativas de moradia definitiva. “Não há possibilidade de se acatar a sugestão levantada por alguns membros da comissão de negociação.

O empreendimento destina-se às famílias já cadastradas, aprovadas e com suplentes, que se inscreveram no Programa Minha Casa Minha Vida e atendem a critérios e parâmetros do Ministério das Cidades”, disse o departamento por meio de nota. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) garantiu que os aluguéis sociais para 24 famílias serão concedidos. “Aqueles que se interessarem e atenderem os critérios e parâmetros do Ministério das Cidades para se inscreverem no Programa Minha Casa Minha Vida poderão fazê-lo, quando abrirem novas inscrições, e aguardar a chamada de acordo com as normas legais”, diz a secretaria em nota.

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