MP do Trabalho exige Trensurb em horários de pico nesta quinta

MP do Trabalho exige Trensurb em horários de pico nesta quinta

Sindicato dos Metroviários alega falta de tempo para informar categoria, e serviço deve parar

Estêvão Pires / Rádio Guaíba

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) exigiu, em uma reunião realizada na noite desta quarta-feira, que 30% dos funcionários da Trensurb trabalhem nos horários de pico durante esta quinta-feira. Após o anúncio de uma paralisação total devido à insatisfação com o reajuste salarial, o Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul prometeu que irá tentar avisar os trabalhadores, mas a tendência é de que o serviço não funcione durante a manhã.

Às 14h, está marcada uma assembleia, na qual os metroviários poderão definir a retomada dos serviços durante a tarde. O sindicato será multado caso não cumpra a decisão. "Não há mais tempo para avisar os funcionários, mas é possível que ao longo da tarde as operações sejam retomadas", afirmou a secretária de comunicação da entidade, Sandra Mara Clavê.

Para a sindicalista, na prática, não há qualquer chance dos trens funcionarem apenas com 30% do quadro, como exige o MPT. "Hoje em dia, como todo o efetivo disponível, a capacidade de atendimento já é insuficiente. Para funcionar é preciso que todos voltem ao trabalho", explicou Sandra.

Reforço na frota de ônibus


A Metroplan definiu no final dessa tarde um esquema especial para minimizar os efeitos gerados pela paralisação de 24 horas nesta quinta-feira, no Trensurb. O número de ônibus que faz o trajeto entre Canoas e Porto Alegre irá saltar de 50 para 95. Além disso, foi suspenso o itinerário do serviço de integração. Haverá funcionamento exclusivo da linha comum entre o município e a capital. Contudo, em outras cidades afetadas pelo protesto, o órgão não tem previsão de que haja reforço no total de veículos disponíveis.

"Acreditamos que não haverá problemas significativos nos outros municípios. A preocupação maior é com Canoas que concentra a maior parte dos trabalhadores da região metropolitana que dependem do trem. Nos demais locais, há a possibilidade de as empresas liberarem mais veículos", explicou o diretor de transportes da Metroplan, Marcos Damiani. A estimativa é que mais de 60 mil usuários dependam no serviço diariamente em Canoas.

A Secretaria de Transportes canoense também sinalizou que deve autorizar a utilização de pelo menos 12 ônibus usados normalmente apenas dentro da cidade, para fazer o trajeto até a Capital. A Empresa Municipal de Transporte e Circulação (EPTC) já autorizou o acesso dos veículos dentro de Porto Alegre.

De acordo com a Metroplan, em Canoas o pagamento da tarifa, de R$2,95 - preço normal - poderá ser feito com o cartão TEU ou em dinheiro. Outra medida adotada pelo órgão é a liberação para que passageiros se desloquem em pé dentro de ônibus executivos.

Como todos os veículos vão se deslocar pela sobrecarregada BR 116, a orientação para a população é de que seja antecipada a saída de casa para o trabalho. "Além de sair cedo, é importante lembrar: como não haverá ônibus com o itinerário de integração, os usuários devem procurar apenas paradas onde passe a linha comum para a Capital", reforçou Damiani. Novas informações podem ser obtidas pelo call center do órgão no 0800-5104774.


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