MP pede soltura de réus em tentativa de homicídio de motorista da Uber em Porto Alegre

A promotora do caso que envolve a tentativa de homicídio de um motorista da Uber por parte de quatro taxistas em Porto Alegre pediu a soltura dos envolvidos alegando demora processual. Conforme o advogado Rodrigo Rollemberg, que representa Bráulio Escobar atuando como assistente de acusação, apenas duas audiências referentes ao caso foram realizadas em nove meses. Com o terceiro encontro da fase de instrução marcado apenas para novembro, quando o crime completa um ano, a própria promotoria pediu a soltura dos três réus.

Um quarto envolvido segue foragido, e não deve se beneficiar com a liberação, concedida aos demais acusados, caso se entregue à polícia. Rollemberg ressaltou que não há o que fazer em relação ao caso, já que o pedido de liberação veio de dentro da acusação. Ele salienta que a audiência agendada para novembro segue marcada, e prevê a presença dos réus, que ainda não prestaram esclarecimentos sobre o caso.

Quatro seguranças da rede de supermercados onde ocorreu a agressão também respondem por tentativa de homicídio, mas sempre responderam em liberdade. Como o envolvimento deles se deu por omissão e não por ação direta no crime, eles não chegaram a ter a prisão decretada.

Crime

Bráulio Escobar, de 41 anos, foi agredido no estacionamento do Carrefour localizado na avenida Bento Gonçalves, zona Leste de Porto Alegre. Ele foi chamado via aplicativo para uma corrida e o usuário era um taxista, que ficou circulando e ameaçando o motorista da Uber por uma hora até chegarem ao hipermercado.

No local, foi agredido e acusado de tirar clientela dos taxistas e prejudicar as famílias deles. Na oportunidade, Escobar foi atingido a socos e pontapés e precisou ser transferido para o Hospital Cristo Redentor.