MP recorre da decisão que rejeita prisão do motorista envolvido em racha no Parcão

MP recorre da decisão que rejeita prisão do motorista envolvido em racha no Parcão

Promotora Luciane Feiten Wingert aponta que o acusado “agiu com absoluta indiferença pela vida alheia"

Correio do Povo

Empresário estaria participado de um racha quando atropelou um casal no Parcão

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A promotora Luciane Feiten Wingert entregou ao juiz da 1ª Vara do Tribunal Júri de Porto Alegre a apelação do Ministério Público que rejeitou a denúncia e o pedido de prisão do motorista do Audi que atropelou um casal no Parcão no início de abril.

Segundo o MP, o motorista não tinha “suporte probatório mínimo a sustentar a acusação de ter agido o réu com dolo eventual de matar as vítimas”. O magistrado deverá analisar e repassar o recurso ao Tribunal de Justiça, que distribuirá para uma das Câmaras Criminais.

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O Ministério Público requer o conhecimento e provimento do recurso para receber a denúncia oferecida contra o empresário de 39 anos. Após isso, poderá lhe decretar a prisão preventiva, para garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e assegurar a aplicação da lei penal.

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A promotora Luciane Feiten Wingert aponta que o acusado “agiu com absoluta indiferença pela vida alheia, com o que possível afirmar que anuiu insensivelmente ao risco de matar alguém, e tanto o é que, após colidir em dois veículos, fugiu do local, abandonando as vítimas, uma delas seu amigo, sem se preocupar minimamente com a situação delas”.

O MP argumenta que impõe-se a reforma da decisão que rejeitou a denúncia que contém a exposição dos fatos, com todas as suas circunstâncias, e afastou a competência do Tribunal do Júri, pois a análise sobre a existência do dolo no agir de quem pratica crime doloso contra a vida é da competência do júri popular.

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