MPT acena com multa por paralisação dos ônibus no dia 11

MPT acena com multa por paralisação dos ônibus no dia 11

Procuradora sustenta que não houve comprovação de falta de segurança

Camila Kila / Rádio Guaíba

Coletivos foram impedidos de sair das garagens na Capital

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) se mostrou favorável à aplicação de multa de R$ 50 mil pela não circulação dos ônibus em Porto Alegre durante a greve geral do dia 11. A posição da procuradora Beatriz Junqueira Fialho é de que o valor deva ser dividido entre os sindicatos dos rodoviários e das empresas de transporte.

Após analisar o relatório da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), ela fala que não foi comprovada falta de segurança para o trabalho - justificativa usada pelas partes para a paralisação. De acordo com a procuradora, não houve relatos de distúrbios ao longo do dia, apenas na madrugada. Beatriz afirmou que a alegação da ocorrência de piquetes em frente às garagens não é aceitável, já que este tipo de ato costuma ocorrer normalmente em mobilizações do tipo, mas sem violência.

O parecer foi encaminhado ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que deve definir se vai ou não ser aplicada a multa e a quem. Ainda não há prazo para a decisão.

EPTC relata casos de depredações e ameaças durante greve

O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari fala que foram relatadas todas as ocorrências registradas no dia, incluindo depredações de ônibus e ameaças. Ele lembra que durante a madrugada motoristas foram abordados e coagidos a retornar à garagem. Conforme Cappellari, quatro veículos foram alvo de vandalismo na ocasião. Dessa forma, as empresas informaram à EPTC que não havia condições de manter a operação.

A Justiça havia determinado que durante o dia de greve o transporte coletivo funcionasse com 50% da frota nos horários de pico, das 6h às 9h e das 16h30min às 19h30min, e com 30% nos demais períodos. A cautelar previa multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

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