MST conclui desocupação de fazenda em Tapes

MST conclui desocupação de fazenda em Tapes

Grupo promete que continuará reivindicando terras privadas

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Cerca de 1,5 mil integrantes do MST ocuparam local durante as últimas duas semanas

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*Com informações da repórter Bibiana Borba

O grupo de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desocupou totalmente a área invadida em Tapes, no Centro Sul do Estado. Na manhã desta quinta-feira eles iniciaram marcha pacífica em direção a um assentamento que fica a 15 quilômetros da fazenda. No entanto, a liderança do movimento não informou a localização da área. O local seria regularizado e, de lá, eles pretender continuar reivindicando área da fazenda Guerra invadida desde o último dia 16.

O representante do movimento Cedenir de Oliveira conversou com a imprensa e disse que a reintegração de posse não representa uma derrota do MST. "A mobilização continua e nós seguiremos firmes e de cabeça erguida. Não temos razão para nos esconder. Nós formamos um movimento que tem CPF e RG. Tentamos um acordo para permanecer aqui até a próxima segunda-feira, mas não houve sensibilidade do Judiciário", explicou.

Mais de 450 soldados envolvidos

Ao todo, 460 homens, 60 cavalos e um helicóptero foram utilizados na operação. Além disso, o Conselho Tutelar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foram mobilizados. A Brigada Militar (BM) atuou em apoio ao oficial de justiça, tendo em vista o cumprimento da determinação de reintegração de posse.

Ocupação

Com 7,2 mil hectares, a fazenda Guerra foi ocupada por cerca de 1,5 mil integrantes do MST, que permaneceram no local durante as últimas duas semanas. A coordenação do movimento afirmou que os atuais proprietários da fazenda cometem crime ambiental no local, com a plantação de pinus e eucaliptos nas margens da Lagoa dos Patos. A utilização da área para monocultura é outro fator pelo qual os sem-terra estavam exigindo a desapropriação da fazenda.


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