MTST ocupa terreno vazio na zona Norte de Porto Alegre

MTST ocupa terreno vazio na zona Norte de Porto Alegre

Cerca de 300 famílias se instalaram em uma área no bairro Sarandi

Correio do Povo

MTST ocupa terreno vazio na zona Norte de Porto Alegre

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Cerca de 300 famílias organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do Rio Grande do Sul (MTST/RS) ocuparam na madrugada deste sábado um terreno na esquina da rua Sérgio Jungblut Dieterich com a avenida Severo Dullius, no bairro Sarandi, em Porto Alegre.

De acordo com o integrante da coordenação do MTST, Eduardo Osório, as famílias são de comunidades da zona Norte da Capital em situação de abandono público e ameaça de remoção forçada. “A região reflete a dinâmica do aumento da moradia precária na cidade. Hoje existem mais de 4 mil moradias em situação precária, com mais de 14 mil pessoas residindo em favelas e que há anos enfrentam uma realidade grave de violação de direitos humanos pela prefeitura”, afirmou e citou, como exemplo, a situação com as famílias que moram na Ocupação Progresso e nas vilas Nazaré e Dique. 

Segundo o Departamento Municipal de Habitação (Demhab), "o déficit habitacional em Porto Alegre está estimado em 50 mil unidades e há 38 mil em fase de regularização. A prefeitura tem plano e ações para a redução do déficit habitacional. Infelizmente, esbarramos em grandes limitações de recursos federais, em função do atual cenário econômico. A política habitacional depende fundamentalmente de recursos do FGTS e do orçamento geral da União, fortemente reduzidos pela crise financeira".

O texto diz ainda que "o êxodo para grandes centros urbanos e a ausência de transporte de massa faz com que as populações queiram se instalar próximas de zonas de maior oferta de emprego e de serviços. Alterações na legislação de regularização fundiária, e parcerias, devem amenizar as dificuldades até o retorno do crescimento".

Setembro de Lutas 

A ocupação do MTST RS integra o Setembro de Lutas por Moradia e Direitos, inaugurado pelo movimento com uma ocupação na madrugada do dia 2 de setembro, com 500 famílias de sem teto, em São Bernardo do Campo, que hoje já conta com 3 mil famílias acampadas.


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