Municipários de Porto Alegre declaram greve geral a partir de quinta-feira
Categoria fez assembleia com fortes críticas ao governo Marchezan
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A greve é por tempo indeterminado, mas não envolve servidores da EPTC, nem os rodoviários da Carris. Ambas as empresas manterão a prestação dos seus serviços. Na terça-feira, dia 10, a categoria fará nova assembleia geral para avaliação dos rumos da paralisação.
Ao todo, há 24 mil servidores municipais em Porto Alegre, dos quais 18 mil ativos. O estopim da decisão foi mais um parcelamento dos salários, o quarto da gestão municipal. Oradores criticaram o governo por vários motivos: não reposição da inflação dos últimos 12 meses a contar de maio último, projetos de lei remetidos à Câmara de Vereadores com retirada de direitos e alterações no plano de carreira, e ameaça de privatização da Carris.
A greve começa quinta devido ao prazo legal de 72 horas exigido para a comunicação de paralisação em serviços públicos. Afonso Martins, da Central Sindical Popular (CSP Conlutas), lamentou a obsessão do governo em atacar o servidor e o serviço público.
Conforme o diretor-geral do Sindicato dos Municipários (Simpa) Alberto Terres, desde maio (mês da data base) a entidade tenta negociar, sem sucesso, com o governo que “negou todas as cláusulas econômicas e sociais, encaminhou projetos contra funcionários e faz do parcelamento de salários política de gestão”.