Municipários de Porto Alegre entram em greve a partir de segunda-feira

Municipários de Porto Alegre entram em greve a partir de segunda-feira

Categoria afirma que paralisação será resposta contra ataques de Marchezan e falta de reposição da inflação

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Categoria afirma que paralisação será resposta contra ataques de Marchezan e falta de reposição da inflação

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Os municipários de Porto Alegre decidiram, em assembleia nesta terça-feira, entrar em greve a partir da próxima segunda-feira. De acordo com a diretora-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Luciane Pereira da Silva, a paralisação será uma resposta aos "constantes ataques do governo Nelson Marchezan à categoria".

Conforme Luciane, em entrevista à Rádio Guaíba, a votação pela greve foi unânime e mostra a indignação do setor. "Os projetos de lei protocolados na Câmara dos Vereadores atacam as carreiras dos servidores e seus direitos conquistados ao longo de anos", relatou a representante sindical. "Além disso, a prefeitura, nos informou que não concederá a reposição da inflação, o que é direito dos trabalhadores", relatou.

Conforme o presidente do Simpa, Alberto Terres, a categoria também se mobiliza em função da ausência de uma proposta para reposição salarial. "Apresentamos ao governo, no dia 27 de abril, uma pauta de reivindicações. Mas o prefeito sequer nos recebeu", garante.

Insatisfeito com o tratamento do governo, Terres garantiu que a categoria vai seguir mobilizada. "Recebemos um oficio da prefeitura dizendo que não reporá a inflação e que não haverá nenhum tipo de reajuste a servidores", observa. Segundo o sindicalista, dos 16 projetos encaminhados à câmara, 9 referem-se à retirada de direitos dos servidores. "São dois anos sem reposição da inflação, com aumento da alíquota previdenciária. É um achatamento salarial que nunca aconteceu na história".

Além de prejudicar a carreira dos municipários, Luciane argumentou que as propostas de Marchezan mostram que o prefeito "não dialoga com a cidade ou com a Câmara" de Porto Alegre. "O prefeito colocou 16 projetos em regime de urgência. Isso impossibilita o debate com a população. Ele nunca chamou o sindicato para discutir qualquer questão", comentou.

Ela informou, também, que o Simpa esta reunindo informações de estudos e do Dieese contra o discurso de falta de recursos. "Queremos demonstrar aos vereadores que a prefeitura tem condições de investir no serviço público e conceder a reposição salarial aos servidores, através de pesquisas e estudos", citou. "O prefeito tem ficado de costas para o município e colocando os servidores como alvo de sua política."

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