Municipários de Porto Alegre protestam por reajuste salarial de 29,74%

Cerca de 30 servidores públicos de Porto Alegre se reuniram, nesta terça-feira, em frente ao Paço Municipal, para reivindicar a reposição da inflação que, segundo a categoria, acumula 29,74% de perdas salariais. Outros itens como o vale-alimentação e a última progressão funcional, a de 2010/2012, estavam na pauta de negociação. O movimento foi organizado pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa).

O núcleo da direção do Simpa foi recebido hoje pelo secretário Municipal de Administração e Patrimônio (SMAP), André Barbosa, secretário de Governança Cassio Trogildo, procurador geral do Município, Roberto Rocha, e pelos vereadores Roberto Robaina e Jonas Reis.

André Barbosa disse que tem se reunido com frequência com o Simpa e classificou a reunião como positiva. Barbosa entende que, entre os apontamentos apresentados pela categoria, os mais urgentes são a reposição salarial, o reajuste do vale-alimentação (de R$ 20,22 para R$ 28) e o pagamento de progressões funcionais.

“Pretendemos apresentar uma proposta de reposição em janeiro, de acordo com a lei federal 173/2020, que impede qualquer aumento antes de janeiro”, reforçou. Sobre as progressões, o gestor da pasta explicou que há em torno de R$ 85 milhões em passivo, já que é um acúmulo desde 2015, o que deve ser pago de forma parcelada. Quanto ao vale-alimentação, ele propõe a retirada do benefício para alguns tipos de licenças, como licença prêmio. “Dá mesma forma que quem está em casa não recebe vale-transporte, também não receberia o vale-alimentação”, afirmou.

O diretor-geral do Simpa, João Ezequiel, disse que a reunião foi marcada por apontamentos, mas que não houve nenhuma documentação das intenções verbalizadas. "Ressaltamos que é importante ter a proposta por escrito e gostaríamos de recebê-la na próxima semana para apresentar formalmente para a categoria”, salientou. Ezequiel também enfatizou que não concorda com a retirada do vale-alimentação dos servidores que usufruem das licenças. “Acreditamos que o vale-alimentação deve ser para todos municipários”.

O Simpa acrescentou na pauta de reivindicação o aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14% como mais uma medida que onera a categoria.