Municipários protestam contra possíveis privatizações em Porto Alegre

Municipários protestam contra possíveis privatizações em Porto Alegre

Ator marcou o começo da greve da categoria

Mauren Xavier

Servidores em greve se concentraram em frente ao Paço Municipal no final da caminhada

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Milhares de pessoas foram às ruas da Capital durante o primeiro dia da greve iniciada nesta quinta-feira pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa). A mobilização começou em uma concentração em frente ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). Munidos de faixas, cartazes, instrumentos musicais e veículos com equipamento sonoro, os servidores seguiram em caminhada até o Paço Municipal, onde chegaram no final da manhã. O principal motivo do ato e da paralisação são as possíveis privatizações na Prefeitura.

Logo pelo início da manhã, centenas de servidores já começaram a se posicionar em frente ao HPS. Aos gritos e cantos de protesto contra as privatizações e o parcelamento de salários, o público pedia também a saída do prefeito Nelson Marchezan Júnior. “A greve é legítima, porque os trabalhadores foram jogados contra a parede. Ela só acontece porque o Marchezan não dialoga, parcela os salários há mais de quatro meses mesmo tendo dinheiro em caixa e estando fora da lei, e também porque ele colocou na Câmara Municipal quatro projetos que buscam destruir com a carreira do municipário e abrir as portas para o sistema de privatização”, disse o diretor do Simpa, Jonas Reis.

Ainda de acordo com Reis, os servidores não vão mais aceitar iniciativas como estas vindo do Executivo. A determinação da categoria foi pela paralisação total dos serviços municipais. “Ninguém presta o serviço parcelado, então nós merecemos ter o salário integral e não queremos ter a derrota da carreira”, explicou. Ainda conforme o diretor, são os servidores municipais que prestam os serviços essenciais para a sobrevivência da sociedade.

Logo que saíram do HPS, os servidores seguiram pelas ruas da Capital em caminhada que contou com uma adesão de grandes proporções e durou a maior parte da manhã. A força do ato pôde ser sentida diretamente no trânsito, que ficou bloqueado em vários pontos. Em torno de um caminhão de som, os manifestantes seguiram pela avenida Osvaldo Aranha, que ficou bloqueada no sentido Bairro/Centro. Eles passaram pelo túnel da Conceição - totalmente interrompido - e seguiram pela avenida Mauá, também completamente bloqueada nas imediações do Paço Municipal.

Ao chegarem no local, por volta do meio-dia, os servidores se juntaram aos cooperados da Cootravipa, que desde mais cedo já realizavam protesto devido ao não pagamento de serviços por parte do Município. O ato, então, tomou suas maiores proporções, unindo gritos contra prefeito, secretários e cargos de confiança.

Serviços afetados

A população pôde perceber a paralisação em áreas como a Saúde e a Educação, que registraram diminuição de suas atividades devido à mobilização chamada pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Simpa), que protesta contra parcelamento salarial e projetos de lei que, segundo eles, têm o objetivo de privatizar o município.

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