Municipários protestam e Fortunati concorda em receber grevistas

Municipários protestam e Fortunati concorda em receber grevistas

Objetivo do ato é pressionar o Executivo a voltar a receber os grevistas

Bibiana Borba / Rádio Guaíba

Municipários protestam em Porto Alegre

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Após a decisão de continuar em greve, servidores municipais de Porto Alegre voltaram a protestar na manhã desta quarta-feira. Um grupo se concentrou em frente ao Paço Municipal para pressionar o Executivo a receber os grevistas. O prefeito José Fortunati marcou uma reunião para as 11h.

O Sindicato dos Municipários (Simpa) já conta com apoio de vereadores da oposição em relação a uma proposta para a recuperação dos dias parados, quando o trabalho for retomado. A paralisação já chega ao 16º dia.

Cerca de mil do total de 22 mil servidores participaram da votação que definiu a continuidade do movimento, nessa terça, no Parque da Harmonia. Eles protestam contra o corte do ponto e a decisão unilateral da Prefeitura de começar a pagar o reajuste de forma parcelada.

Nessa segunda-feira, o prefeito José Fortunati anunciou que vai adotar uma das três opções rejeitadas em assembleia do Simpa para a reposição da inflação nos salários. A partir de julho, os cerca de 22 mil servidores começam a receber as parcelas, de 1,2% retroativos a maio, 2% em outubro, 4,2% em dezembro e 1,6% em janeiro.

Protesto na Guarda Municipal

O secretário municipal de Segurança, Juarez Fraga, afirma que apenas 20% do efetivo da Guarda Municipal — cerca de 100 dos 490 guardas — aderem à operação-padrão anunciada pelo Simpa. Mesmo assim, os agentes compareceram ao trabalho interno e estão disponíveis para atendimento a casos de emergência. Segundo o secretário, os demais guardas municipais mantêm a normalidade no patrulhamento de espaços e prédios públicos da Capital e não houve qualquer situação de risco desde o início do protesto.

Folha complementar deve corrigir descontos nos contracheques

Além dos descontos nos salários de grevistas, a divulgação dos contracheques de junho gerou protestos entre servidores que dizem não ter aderido à paralisação. A Prefeitura admitiu que houve falhas e afirma que uma folha salarial complementar será rodada, até o dia 5 de julho, para corrigir descontos.

Conforme a assessoria de comunicação da Prefeitura, a maioria dos casos decorreu da entrega de folhas-ponto incompletas ou fora do prazo por coordenadores de setores. Os grevistas, no entanto, não devem ter compensação até que o assunto seja acordado entre o Simpa e o Executivo.

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