Municipários protestam em hospital contra suposto assédio a funcionários em greve

Municipários protestam em hospital contra suposto assédio a funcionários em greve

Após concentração no Presidente Vargas, servidores fizeram caminhada até a Câmara de Vereadores

Henrique Massaro

Municipários protestam em frente ao Hospital Presidente Vargas

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Apenas um dia depois de tomar as ruas da Capital em manifestação, os servidores municipais ligados ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) se uniram em nova caminhada na manhã desta quinta-feira. Após concentração em frente ao Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV), a categoria, que está em greve há 22 dias, se dirigiu ao Paço Municipal e à Câmara de Vereadores.

A mobilização em frente ao hospital teve o objetivo de chamar a atenção da diretoria do hospital e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). De acordo com o diretor-geral do Simpa, Alberto Terres, os trabalhadores da instituição que aderiram à greve estão sendo assediados. Ainda segundo ele, há casos em que advogados foram enviados até as casas dos servidores.

“Aqui já tem um histórico de fechar setores por falta de funcionários. Se hoje não tem condições de atender, não é em função da greve”, afirmou Terres. O diretor disse também que a luta da categoria é pela contratação de novo pessoal e que, durante a paralisação, os serviços essenciais estão sendo mantidos com 100% do atendimento e 50% dos profissionais.

A SMS comunicou que, na noite quarta-feira, o Centro Obstétrico do hospital fechou devido a uma enfermeira que aderiu à greve sem aviso à instituição. Ainda segundo a Secretaria, depois de orientação da Procuradoria-Geral do Município (PGM), a funcionária foi notificada de que os serviços essenciais devem ser mantidos e que não é considerado assédio uma notificação de comparecimento ao trabalho para que o atendimento à população seja feito.

Próximo às 10h, os municipários partiram em caminhada pelas ruas da cidade. Eles passaram pela avenida Independência, que ficou com o trânsito bloqueado, e pela avenida Mauá, que teve uma faixa interrompida. Após rápida passagem pelo Paço Municipal, seguiram até a Câmara Municipal. Todo o trajeto durou aproximadamente duas horas.

Na casa do Legislativo, os manifestantes se juntaram a outros integrantes da categoria que já acompanhavam a reunião da Comissão Especial sobre Direitos e Vantagens dos Servidores Municipais sobre os projetos de lei do prefeito Nelson Marchezan Júnior. Durante o encontro, o vereador Airto Ferronato (PSB) sugeriu que o prazo para a comissão entregar o relatório sobre as medidas, que encerra em cerca de dois meses, seja antecipada. No entanto, o presidente do grupo, vereador Dr. Thiago (DEM), não estava presente.

Conforme Alberto Terres, após o documento que o Simpa entregou na quarta-feira, a prefeitura sinalizou a possibilidade de uma reunião no dia 1º de novembro. No entanto, ainda segundo ele, uma nova negociação dependeria do fim da greve, que a categoria discorda.

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