Mutirão leva serviços às mulheres em ação de combate à violência doméstica em Porto Alegre

Mutirão leva serviços às mulheres em ação de combate à violência doméstica em Porto Alegre

Iniciativa foi realizada também com o objetivo de despertar conscientização sobre o crime

Cláudio Isaías

publicidade

Para encerrar as atividades do Agosto Lilás, mês de conscientização no combate à violência contra a mulher, o Comitê EmFrente realizou nesta quarta-feira um mutirão de acolhimento com a oferta de diversos serviços gratuitos voltados às mulheres. A ação de conscientização foi realizada no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico de Porto Alegre. A juíza corregedora Taís Culau de Barros, coordenadora da Comissão Estadual de Violência Doméstica Contra a Mulher, disse que a ação teve o objetivo de conscientizar às mulheres sobre a violência doméstica.  

"A Justiça concedeu mais de 100 mil medidas protetivas em 2021. E temos com muita tristeza, o fato de que os casos de feminicídios aumentaram no Estado e acreditamos que tudo é decorrência da pandemia", ressaltou. Segundo Taís Culau, a violência doméstica está muito presente e por isso o evento para que as pessoas busquem ajuda. "As medidas protetivas salvam vidas e o nosso objetivo é envolver as pessoas que não têm medidas protetivas", acrescentou. 

Segundo a juíza corregedora, a violência doméstica vem sendo tratada como assunto prioritário nas políticas públicas em razão do aumento dos casos e de sua incidência, de forma que há constante preocupação em informar e orientar cada vez mais a sociedade sobre as diversas espécies de violência. "Ao longo dos anos, o Poder Judiciário está buscando cada vez mais aperfeiçoar os juizados e as unidades com competência na matéria da violência doméstica para que seja garantida celeridade, bem como qualidade na prestação jurisdicional", destacou.   

A delegada Jeiselaure de Souza, diretora da Divisão de Proteção e Atendimento a Mulher da Polícia Civil, destacou que 90% dos casos de violência contra a mulheres não chegam ao conhecimento das autoridades policiais. "O nosso trabalho é levar a informação às mulheres", acrescentou.

Conforme a delegada, as denúncias podem ser feitas pelo telefone/WhatsApp  (51) 98444.0606 da Polícia Civil. Conforme a delegada Jeiselaure de Souza, caso as pessoas identifiquem algum dos níveis de violência ou conheçam alguém que sofra violência deve buscar orientação das autoridades.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895