Mutirão no Centro de Porto Alegre conscientiza sobre violência doméstica contra mulheres

Mutirão no Centro de Porto Alegre conscientiza sobre violência doméstica contra mulheres

Evento no Largo Glênio Peres marcou o fim do Agosto Lilás com participação de entidade e instituições

Correio do Povo

Entre janeiro e julho de 2022, 10.127 mulheres sofreram lesão corporal no RS

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Para marcar o fim do Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher, diversas instituições que integram a rede de proteção às vítimas, estiveram, nesta quarta-feira no Largo Glênio Peres, no Centro de Porto Alegre. Divididos em estandes, lado a lado, órgãos e entidades prestaram serviços e deram orientações sobre o tema durante a manhã e início da tarde. A ação foi capitaneada pela Coordenação dos Direitos da Mulher da Secretaria de Desenvolvimento Social (SMDS).

Em um mesmo local, foram compartilhadas informações jurídicas e orientações sobre os direitos das mulheres vítimas de violência, além de incentivo à qualificação pessoal e profissional e ao empreendedorismo feminino. Segundo a coordenadora dos Direitos da Mulher, Fernanda Mendes Ribeiro, este encontro deu visibilidade à rede e mostrar para as porto-alegrenses que elas têm suporte emocional, psicológico e jurídico para superar uma violência. “São muitos os fatores que inibem a procura por ajuda, porém a rede de proteção à mulher de Porto Alegre tem todos os mecanismos para não só garantir a integridade física da vítima, como dar as condições necessárias para que ela consiga superar o trauma”, explica Fernanda.

O Procon, a Delegacia da Mulher, a Fundação Gaúcha de Trabalho e Assistência Social e a Defensoria Pública do Estado (DPE) fizeram atendimentos individualizados no local. A defensora pública Sabrina Backes destacou que o acesso à informação que as pessoas têm hoje, aliados aos projetos desenvolvidos pelas instituições, auxiliam para que se diminuam os casos em alta. “Aumentaram os feminicídios e, infelizmente, também, a violência eletrônica, que a é a divulgação de imagens íntimas”, lembrou. A Escola Superior do Ministério Público, o Ministério Público, Grupo Especial de Prevenção e Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar (Gepevid), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Comissão das Mulheres Advogadas (CMA), a Casa da Mediação e a Sala do Empreendedor também prestaram orientações.

Também participaram do evento representantes de outros órgãos da prefeitura e do governo do Estado, Coordenadoria Especial de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça do RS (TJRS), Varas de Violência Domésticas de Porto Alegre, Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa e da Câmara dos Vereadores, Associação dos Defensores Públicos do Estado do Rio Grande do Sul, Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa e da Câmara dos Vereadores, Brigada Militar (Patrulha Maria da Penha), Organização Internacional de Migração (OIM - ONU), Sebrae, Empreeende Poa, Sesc, Senat, Instituto Mon’t Serrat (Núcleo Servi), Cooperativa Sicoob e Movimento Independente 50-50.

Dados no RS e em Porto Alegre

De acordo com os Indicadores da Violência Contra a Mulher – Lei Maria da Penha, divulgados pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), entre janeiro e julho de 2022, 10.127 mulheres sofreram lesão corporal no Rio Grande do Sul, sendo 1300 em Porto Alegre. O mesmo documento revela que das 132 tentativas de feminicídio no Estado, 23 ocorreram na Capital.


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