Mutirão nomeia 1,1 mil professores para escolas gaúchas

Mutirão nomeia 1,1 mil professores para escolas gaúchas

Posse dos 5,5 mil aprovados no último concurso deve se estender até janeiro

Nildo Júnior / Correio do Povo

Mutirão nomeia 1,1 mil professores para escolas gaúchas

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Mais de 1,1 mil professores, de um total de 5,5 mil aprovados no último concurso da Secretaria de Educação do Estado (Seduc), começaram a ser empossados nesta terça-feira na Academia da Brigada Militar, em um mutirão. Com o processo, os novos professores entram na folha de pagamento do Estado já em novembro e assumem seus cargos na segunda-feira.

“É uma inovação que começou com a nomeação da BM. Desta maneira, eles já entram na folha de pagamento do próximo mês e podem assumir imediatamente. Temos muitas vagas para serem preenchidas e estes professores estão muito qualificados porque o padrão de exigência do concurso foi alto”, afirmou o secretário de Educação, José Clóvis de Azevedo.

Na oportunidade, ele anunciou que um novo concurso do magistério deve ser realizado em breve para substituir os mais de 21 mil contratados emergenciais. “Estamos organizando outro concurso, que deve sair o mais breve possível, para substituir os contratados de maneira emergencial. Houve muito abandono de cargo. O novo concurso deve ser pelo menos para 10 mil vagas”, anunciou.

O vice-governador Beto Grill esteve na Academia da BM para acompanhar o processo de cadastramento e escolha da escola por parte dos professores. “Considero esta ação muito importante. É a valorização da educação e do professor por parte do governo. Temos procurado oferecer as melhores condições aos professores. Eles podem planejar a vida da família com antecipação pois já estão na folha do Estado”, comentou.

O cadastramento e a escolha da escola segue nesta quarta-feira. Em média, são 55 atendimentos por hora, por ordem de classificação. “As posses devem se estender até a primeira semana de janeiro, já que podem ser adiadas. Depois, passarão por dois dias de formação”, garantiu a diretora de Recursos Humanos da Seduc, Virgínia Nascimento.

“Não é só o salário que importa”, diz professor

Natural de Santiago, o professor Alessandro Reiffer de Almeida, de 34 anos, comemorou a nomeação. “Em 2005 teve concurso, eu passei e não fui chamado. Agora foi tudo muito rápido. Se a prova foi difícil e prolixa, o mutirão tornou a nomeação mais prática”, afirmou.

Agora, Almeida parte para o desafio de atender os adolescentes de sua cidade. “Sou professor de português e literatura. Tenho o desafio de servir como educador, mas a educação começa em casa. A sociedade precisa valorizar mais o professor. Não é só o salário que importa. Sem educação não há desenvolvimento”, garantiu.

A professora Greice Oselame Rabaioli, de 29 anos, precisou acordar às 4h para sair de Putinga, a cerca de 200 quilômetros de Porto Alegre, e fazer seu cadastramento para tomar posse. Ela estava com a filha Cecília, de quatro meses, no colo. “Saí da fila para amamentar Cecília e deixei o marido no meu lugar. Já sou contratada há quatro anos e estou otimista para assumir o cargo de forma definitiva. O concurso me surpreendeu porque a nomeação foi rápida”, explicou.

Professora na Escola Estadual de Ensino Médio Padre Domênico Carlino, onde leciona para as séries iniciais, Greice aprovou a rapidez do processo. “Antes era tudo nas coordenadorias regionais. Apesar de ter de vir a Porto Alegre, tudo ficou mais rápido”, completou.

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