Não há vacinas contra a varíola do macaco para atender demanda mundial, diz Queiroga

Não há vacinas contra a varíola do macaco para atender demanda mundial, diz Queiroga

Brasil espera receber 50 mil doses de imunizante

Agência Brasil

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou neste sábado durante o Dia D da Campanha Nacional de Vacinação, em Ouro Preto (MG), que ainda não há vacinas contra a varíola do macaco suficientes para atender a demanda mundial. Um quantitavo de 50 mil doses devem ser destinadas ao Brasil pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas), mas a expectativa é delas serem direcionadas somente a profissionais da saúde que lidam com materiais contaminados de pessoas que necessitam fazer exames.

Queiroga disse que nenhum país do mundo tem ainda um planejamento para uma campanha de vacinação em massa contra a varíola do macaco. Conforme o ministro, quando houver vacinas em maior quantidade será possível saber a eficácia do imunizante.

Para Queiroga, neste momento é importante informar a população sobre a doença. “Recentemente o Tribunal Superior Eleitoral autorizou a campanha que o Ministério da Saúde vai começar a veicular e vamos estruturar a nossa rede de laboratórios (para testagem)”, disse.

O ministro lembrou que, diferentemente da Covid-19, que era uma doença nova, a varíola do macaco é uma complicação endêmica na África desde 1976. “Veja que já foram milhares de casos no mundo e não tem 10 óbitos fora da região onde a doença é endêmica. Aqui no Brasil um óbito foi registrado no estado de Minas Gerais, que não necessariamente foi causado pela doença em si, mas pela situação de gravidade que o indivíduo tinha”, pontuou.

Ele acrescentou ainda que, uma vez que o indivíduo tem a suspeita de ter contraído a doença, deve ficar isolado até que se confirme o diagnóstico: “se não for confirmado, volta ao convívio. Se o diagnóstico for confirmado, aí vai ficar isolado até a cura da doença, até que as feridas desaparecem totalmente, já que ainda é uma doença contagiosa”.


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