Nível de escolaridade no Brasil cresce 54% em duas décadas, diz Ipea
Pesquisa mostra que resultado refletiu na diminuição da desigualdade de renda
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Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Marcelo Neri, em Brasília. Em 1992, a força de trabalho brasileira era de baixa escolaridade (média de 5,7 anos). Vinte anos depois, a média passou para 8,8 anos, um aumento de 54%.
Em 2012, houve uma estagnação do analfabetismo. Quanto maior é a escolaridade, maior é a renda, conforme o estudo. Em 1992, apenas os 15% mais ricos tinham média superior a oito anos de estudo. Já em 2012, apenas
o terço mais pobre estava abaixo desse patamar.
Ao mesmo tempo que o acesso à educação aumentou, a extrema pobreza diminuiu de13,7% em 1992, para 3,6% em 2012. Já a pobreza, passou de 31,5% para 8,5%. Segundo o Ipea, isso foi resultado tanto do aumento da renda
domiciliar per capita, quanto da queda da desigualdade do período. Houve ainda o aumento do rendimento dos mais ricos. Pelo menos, 5% deles tiveram no último ano crescimento de 9,4% contra a média geral da população de 7,98%.
A renda domiciliar per capita dos brasileiros teve um crescimento real acumulado de 80% entre 1992 e 2012. Já de 2011 para 2011, o índice foi de 8%. Há 20 anos, pouco mais de 37% da população do Brasil tinha trabalho remunerado. No ano passado, a proporção era de 45%. Ainda de acordo com o estudo, a desigualdade se manteve estável em 2012, com 0,526. Ela contribuiu, contudo, com 50,5% para a queda da extrema pobreza.