Nível dos rios é preocupante na região Metropolitana

Nível dos rios é preocupante na região Metropolitana

Rio Gravataí está em 1,65m em ponto de captação da Corsan

Karina Reif / Correio do Povo

Barcos estão parados nas margens do rio Gravataí

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A falta de chuva volta a preocupar as autoridades com relação ao nível dos rios na região Metropolitana. A última vez em que ocorreu uma forte precipitação foi há uma semana. Em função disso, o volume do rio Gravataí já começou a baixar. De sexta-feira para esta segunda, o nível das águas caiu 12 centímetros, passando de 1,77m para 1,65m no ponto de captação da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) em Alvorada.

“Estamos monitorando e quando chegar a um metro tomaremos algumas medidas”, disse o diretor-presidente da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Gravataí (FMMA), Sérgio Sampaio. “Precisamos de chuva, porque é a única maneira de repor a água, já que, nesta época, há muito consumo por parte dos arrozeiros e da população”, explicou.

No balneário Passo das Canoas, em Gravataí, muitos pescadores seguem trabalhando, mas já é possível ver alguns barcos parados na margem. O aposentado Geraldo Barcelos, de 71 anos, que mora nas proximidades do rio desde que nasceu, acompanha as baixas do nível atentamente. “Todos os dias de manhã venho dar uma olhada. Por enquanto, os pescadores ainda conseguem pescar alguma coisa, mas a situação pode piorar”, comentou.

Os amigos de Alvorada Alceu Malaquias, de 42 anos, e Edson Luiz Pacheco, de 36, tiraram o dia de folga e foram para o Passo das Canoas pescar. Eles disseram que, ao jogar a linha, foi possível sentir que ela bateu no chão. “O rio está muito raso. Ficamos duas horas aqui e só conseguimos pescar um peixe. Normalmente, pegamos um a cada 20 minutos”, comentou Malaquias.

O Guaíba, em Porto Alegre, está estável, segundo a Defesa Civil municipal. No domingo, a leitura foi de 0,58m no Parque da Harmonia. O cálculo de referência é feito a partir de um marco mínimo para a navegação, e a altura dos últimos dias não indica preocupação. No entanto, a Defesa Civil segue monitorando o volume das águas diariamente.

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