Na semana da criança, estudantes conhecem trabalho da BM

Na semana da criança, estudantes conhecem trabalho da BM

Menino de 13 anos quer seguir a carreira de policial militar

Wagner Machado / Correio do Povo

William (de boné) quer ser policial militar

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Ainda que esteja apenas na 6ª série do Ensino Fundamental, Willian de Andrade, de 13 anos, já decidiu que seguirá a carreira de policial militar (PM) tão logo conclua o Ensino Médio. O desejo se justifica pela vontade de diminuir o tráfico de drogas e evitar que mais pessoas sejam assassinadas. As palavras duras e conscientes foram ditas nessa quarta pelo estudante no quartel do 26º Batalhão da Polícia Militar (26º BPM), em Cachoeirinha, região Metropolitana.

A partir de um projeto desenvolvido pela Promotoria da Infância e da Juventude e Secretaria Municipal de Educação e Conselho Tutelar, houve a tentativa de identificar o motivo da falta de frequência escolar. Durante o trabalho com os alunos, algumas crianças revelaram que tinham o sonho de ser PM.

Ciente desta realidade, o coordenador da Patrulha Escolar e do Programa Estadual de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) do 26º BPM, sargento Everton Avancini, recebeu os estudantes para mostrar o trabalho da corporação e a importância da Brigada Militar para a sociedade. “Infelizmente só vieram dois. Esperávamos oito. Alguns foram impedidos de vir pelos pais e outros nem foram à aula. Mas o importante é trabalhar com a prevenção, mostrar que Brigada Militar é responsável por cuidar da população e que eles podem ser pessoas de bem”, explicou.

Aluno da Escola Municipal Granja Esperança, o garoto era só alegria ao andar de viatura do 26º BPM com a sirene ligada e conhecer as salas da unidade.“Não quero ter traficante como referência. Quero combater o tráfico, os homicídios e acabar com a violência”, disse. Ao lado dele, mais tímido, o estudante da Escola Municipal Vista Alegre, Dioney Paza, de 8 anos, ganhou camiseta e lanche após voltar do passeio. “Foi muito legal”, resumiu ao lembrar que também quer ser PM. “Se possível da Tropa de Elite”, ressaltou, fazendo alusão ao Batalhão de Operações Especiais (BOE).

O conselheiro tutelar Esdras Ramos acompanhou a visita dos alunos e revelou que muitos jovens ingressam no mundo do crime por falta de apoio familiar e da ausência do poder público. “Ouçam os pais de vocês, estudem e lutem pelos sonhos. Vocês podem ser o que quiserem, optem pelo bem”, aconselhou aos “futuros” brigadianos.

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