Na véspera do dia deles, pais fazem declaração de amor aos filhos

Na véspera do dia deles, pais fazem declaração de amor aos filhos

Eles contam que paternidade mudou forma de encarar a vida

Leda Malysz / Correio do Povo

Pai ensina menino a jogar bola

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Enquanto brincava com a filha Sophia, de oito anos, na zona Sul de Porto Alegre neste sábado, o funcionário público Wladimir Nunes Rogério, de 50 anos, pontuava os prazeres e os desafios da paternidade, papel que ele escolheu desempenhar depois de 18 anos de casamento, em uma concepção planejada e esperada.

Assim como outros pais, ele participou de brincadeiras propostas por um shopping da Capital, em que os pais podiam, na véspera do seu dia, jogar futebol, basquete, videogame; desenhar; trocar fraldas ou trocar fantasias com as crianças. “Ser pai é viver um momento sublime. Você fica mais sensível, mais carinhoso. Atento a pequenos momentos, e às brincadeiras, em instantes de volta à infância”, contou Rogério. Ele comparou a maternidade e a paternidade: “Muda a relação da criança com o adulto. Elas (crianças) têm um laço mais íntimo com a mãe, pelo próprio vínculo biológico e de vida. O pai, biológico ou não, é quem ela (criança) enxerga quando nasce ou quem ele enxerga com esse papel para si. O pai vai demonstrando aos poucos quem e como é. Já as tarefas e obrigações são para os dois. Especialmente a tarefa de impor limites.

Outro funcionário público, Cristiano Fusinatto, de 33 anos, e pai de Humberto, de dois anos, sente um mar de mudanças em sua vida nesses 24 meses de paternidade. “Você tira o foco de si mesmo e o coloca em outra pessoa. O ego se transforma”, disse. “Nesse aprendizado, começo a me observar e melhorar meus defeitos para que ele não os leve com ele. Assim sempre tento ser melhor do que sou. É minha motivação. Se tenho um dia mais difícil, quando o vejo, me renovo”, comenta ele, olhando de longe a criança. “Digo que é como aquela sensação de amor e maravilho do início do namoro. Com o filho, esse sentimento de paixão não passa”, explicou.

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