Nasa explica "dança" entre Terra e o aposentado telescópio especial Kepler

Nasa explica "dança" entre Terra e o aposentado telescópio especial Kepler

"Caçador de planetas" vai fazer "pega-pega" eterno com o globo terrestre

Correio do Povo

"Caçador de planetas" vai fazer "pega-pega" eterno com o globo terrestre

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A Nasa anunciou na última semana que o telescópio espacial Kepler ficou sem combustível e foi retirado de serviço depois de nove anos orbitando o Sol. Agora, a agência espacial norte-americana detalhou o que acontecerá com o detector de planetas após sua "aposentadoria". Basicamente, ele circulará entre o Sol e a Terra pela eternidade, ocasionalmente se aproximando de "casa".


O Kepler ocupa uma órbita mais longa que a Terra no entorno do Sol. Por conta disso, ele também circula mais devagar que o nosso planeta. Depois, em 2060 a Terra vai se aproximar cerca de quatro vezes a distância até a Lua.

A força gravitacional da Terra atrairá o Kepler e o colocará numa órbita mais próxima do astro rei. A partir daí, ele vai acelerar e se distanciar de "casa". Em 2117, o movimento se inverterá. O telescópio vai chegar na Terra e, a partir da interação gravitacional, voltará à sua órbita mais longa. A dança se repetirá ao longo de bilhões de anos.

Kepler mostrou que entre 20% e 50% das estrelas visíveis da Terra provavelmente tinham "pequenos planetas, talvez rochosos e de um tamanho similar ao da Terra, em uma região habitável", segundo a Nasa. Isso quer dizer que esses exoplanetas se localizam a distâncias de suas estrelas que tornariam possível que em sua superfície houvesse água em estado líquido, considerada essencial para a existência de vida.


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