Natureza e tranquilidade atraem visitantes em Maquiné

Natureza e tranquilidade atraem visitantes em Maquiné

Paisagem da cidade é totalmente rústica e camponesa

Mauren Xavier

Maquiné tem belas paisagens

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Visitar a cidade de Maquiné, no Litoral Norte, é como fazer uma viagem no tempo. Apesar de estar a cerca de 30 minutos de carro da movimentadíssima Capão da Canoa, a paisagem é totalmente rústica e camponesa. Nas estradas, a maior parte de chão batido, é possível ver as casas de madeira bem cuidadas e com seus vastos quintais e pessoas andando de bicicleta ou a cavalo, mesmo as crianças. A vegetação à beira das vias tem uma cor diferenciada, que ao ser vista mais de perto se mostra marrom, mas devido à quantidade de poeira. A simplicidade dos seus moradores surpreende. A gentileza vai desde ao prestar uma informação até em oferecer uma refeição.

Mas é seguindo um pouco o instinto e algumas placas de sinalização, algumas escondidas, que é possível desbravar as grandes belezas da cidade. Uma das trilhas mais interessantes é chegar a uma das cascatas mais conhecidas, a Garapiá. Para isso, o visitante precisa mergulhar pelas estreitas estradas, passando por paisagens arrebatadoras, repletas de morros, vegetação e muita água. São pequenas pontes, que algumas vezes ficam difíceis de serem vistas pela lâmina de água que as cobrem. O divertido mesmo é que paralelamente há sempre uma ponte pênsil (feita de cabos de aço e madeira), o que torna a travessia uma verdadeira aventura.





E ao longo do trajeto é possível ainda ver várias pousadas ou refúgios, a maioria em uma sintonia total com a natureza. Um exemplo é o refúgio Mãe Natureza, mantido pelo casal Maurício Grespan e Maria Leocádia Tavares. Ele paulista e ela gaúcha, se conheceram há 10 anos em uma praia na região nordeste. Casados, decidiram mudar totalmente de vida. Abriram mão das cidades grandes e construíram, com seus próprios conhecimentos, a sua casa e outros dois sobrados, para receber visitas. “Chamo de um espaço de cura. É o nosso paraíso particular. É a completude da vida”, resume Maurício.




E a estrada que passa ao lado do refúgio é a mesma que leva à cascata Garapiá, porém, é preciso avançar ainda mais. Ao todo, o percurso tem 11 quilômetros desde o distrito de Barra do Ouro. Às vezes o caminho é bem desinforme, mas vale cada minuto quando se chega ao destino final. Ao descer do carro é possível ouvir o forte barulho da queda d’água, mesmo que não seja se veja muito entre a Mata Atlântica. Após uma breve caminhada, em um trajeto único, a imagem vai se formando aos poucos e é, simplesmente, impossível não se surpreender com tamanha beleza.

A reação é compartilhada, gradativamente, com a chegada de outros visitantes. “Bah. Valeu muito ter vindo”, exclama, ainda espantado com a paisagem, o jovem Mateus Gabato, de 24 anos, que veio acompanhado da namorada Gabrielli e de outros amigos. A mesma reação teve a família de Viamão. Vladimir Bertin, acompanhado das filhas Isabella e Carolina e da esposa Sandra, comentou que fazia tempo que queriam conhecer o local, mas faltava oportunidade. “É demais”, define. 

E agora o que falta? Se jogar na água gelada e aproveitar o passeio.

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Descobrindo Maquiné




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