Nenhum trem deve circular nesta quarta, alerta Sindimetrô
Lei obriga que 30% da frota opere durante paralisação
publicidade
• Leia mais sobre a Terceirização
Em entrevista à Rádio Guaíba, Pinheiro garantiu que o sindicato conhece a lei (Nº 7.783) que exige que 30% da frota funcione durante greves do transporte público, mas que os metroviários só tomarão uma decisão caso a Justiça exija a manutenção de parte da frota.
“Conhecemos a lei, mas queremos fazer um movimento que crie impacto, que é o que os políticos merecem. Infelizmente, a população não merece, mas temos que dar um recado agressivo aos políticos”, afirmou o vice-presidente do Sindimetrô. “Se a lei for evocada, vamos ver o que vamos fazer. Mas o foco da manifestação é a lei da terceirização, que vem trazer um prejuízo imensurável para o trabalhador”, completou.
Clovis Nei Cardoso Pinheiro alertou ainda que o sindicato luta há anos para que a população saiba que o serviço prestado pelas terceirizadas não é compatível com o feito pelos concursados.
“Uns dias atrás houve um descarrilamento e graças a Deus não tinha passageiros, mas continuando como está ocorrendo na Trensurb vai acontecer uma tragédia tipo a (boate) Kiss. Depois todo mundo vai cobrar da Trensurb. Agora só o sindicato está lutando contra essa realidade e tem alguns da sociedade que se revoltam. Quando alguém perder um familiar vão cobrar que ninguém faz nada. Ninguém dizia que a Trensurb estava com um problema com as terceirizadas. Que elas não sabem trabalhar. Nós do sindicato estamos há quatro anos batendo na tecla de que a terceirização é nefasta e prejudicial ao cidadão”, concluiu Pinheiro.
Trensurb tenta acordo
A Trensurb irá se reunir com o Sindimetrô nesta terça-feira para tentar buscará manter o serviço essencial de circulação de trens na quarta-feira. As conversas terão a intermediação do Ministério Público do Trabalho. O horário do encontro não foi confirmado.