No 10º dia de greve, servidores municipais realizam ato na Redenção
Categoria luta pela retirada de três projetos de lei apresentados por Marchezan à Câmara
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A a mobilização está sendo coordenada pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa). “Nossa greve está crescendo cada vez mais e está forte”, avaliou um dos diretores da entidade, Giovani Machado. A paralisação, que completou dez dias no domingo, tem como objetivo a retirada de três projetos de lei apresentados pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior, como a revisão do IPTU. "O principal (projeto) é um que desestrutura toda a nossa carreira”, observou.
Machado assinalou que vários vereadores já estão se posicionando a favor dos municipários. “Queremos que os projetos sejam retirados pois são um retrocesso. A falta de dinheiro é uma falácia pois já provamos que a prefeitura tem superávit e não é deficitária. A folha de pagamento do funcionalismo não é o problema”, assegurou, criticando o parcelamento dos salários desde junho deste ano. “A Justiça nos concedeu liminar proibindo o parcelamento”, lembrou.
O dirigente destacou ainda que a atual gestão reflete-se, por exemplo, nos alagamentos cada vez maiores na cidade após a ocorrência de fortes chuvas. “Ele acabou com o DEP que cuidava dessa parte. É um reflexo disso: a falta de investimento na infraestrutura da cidade”, frisou o diretor do Simpa, que também protestou contra a intenção de privatização da empresa de onibus. O dirigente denunciou “os desmandos e desconstrução nos processo organizacionais e desmonte da rotina escolar”, referindo-se à situação na área educacional do município. “Nosas luta é em defesa da cidade”, resumiu.
Semana de protestos
No início da manhã desta segunda-feira, os servidores públicos municipais realizam uma concentração na Secretaria Municipal da Educação, na rua dos Andradas, seguida depois da entrega de um documento no Tribunal de Contas do Estado.
Antes da assembleia geral, marcada para terça-feira, na Casa do Gaúcho, no Parque do Harmonia, um abraço ocorrerá no início da manhã na sede da Fundação de Assistência Social e Cidadania, na avenida Ipiranga. Já no começo da tarde acontece reforço nos piquetes e entrega de panfletos nos terminais de ônibus da área central da cidade.
A categoria possui em torno de 20 mil trabalhadores.