Nova ponte de Laguna pode não resolver congestionamentos

Apesar da obra da ponte sobre o Canal das Laranjeiras em Laguna estar concluída, o problema dos congestionamentos enfrentados na BR 101 na região pode não estar totalmente resolvido. Ainda que a a nova ponte conte com faixa dupla, assim como grande parte da rodovia, a duplicação de um trecho de cerca de dois quilômetros deve demorar mais seis meses para estar concluído. “O grande gargalo é a parte da duplicação do trecho Sul”, explicou Vissilar Pretto, superintendente catarinense do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Também inaugurado nesta quarta-feira, o Túnel do Formigão, que conta com faixa dupla, terá apenas uma pista liberada até dezembro. “Temos que concluir primeiro todo o trecho da ponte de Tubarão até o túnel”, justificou Pretto. O novo túnel, no município de Tubarão, possui 900 metros de extensão e custou pouco mais de R$ 65 milhões. A inauguração oficial da estrutura, com a presença da presidente Dilma Rousseff, acabou cancelada devido à chuva. No início da tarde, operários trabalhavam para desmontar o palco.

Apesar de a expectativa do Dnit ser dezembro, o prazo previsto no contrato para término total da duplicação é fevereiro de 2016. “O ideal é que esteja pronto para a temporada até porque o trabalho fica mais tranquilo com menos movimento na rodovia.” Pretto afirma, no entanto, que o trecho ainda sem duplicação não deve gerar congestionamentos tão grandes quanto os observados no verão. O tráfego no local é de 25 mil veículos por dia, chegando a 40 mil na alta temporada.

Para cruzar a antiga ponte de Laguna em finais de semana e feriados durante a temporada de verão, os motoristas chegavam a enfrentar engarrafamentos de até 20 quilômetros na rodovia. O superintendente garante que a situação não se repetirá nos arredores de Tubarão, onde as obras da Ponte Cavalcante já iniciaram. “Ali há ruas marginais e rotas de fuga para dentro da cidade, caso seja necessário. Aqui (na ponte de Laguna, para cruzar o Canal das Laranjeiras) não existia outro caminho. O único desvio possível era por dentro de outros municípios muito afastados.”