Novo sistema de compartilhamento de bikes inicia em três semanas
Audiência pública na Câmara esclareceu dúvidas do novo sistema
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De acordo com a representante comercial da Tembici, Gabriela de Almeida, serão disponibilizadas 733 vagas e 410 bicicletas, com o mesmo número de unidades reservas. “Não há uma data específica para a inserção do sistema, mas é uma nova tecnologia utilizada globalmente, em cidades como Nova Iorque e Londres”, relatou. Em comparação com o antigo sistema, a nova operação resultará em mais vagas para os usuários. “Atualmente, são entre 10 e 12 lugares para bicicletas em cada estação. Com o novo sistema, virão até 30 lugares. As bicicletas também são mais inclusivas e pensadas para o uso urbano”, contou.
Outra novidade serão as alternativas de pagamento do serviço. Antes, a contratação era realizada apenas através do cartão de crédito através do aplicativo da empresa. A partir do ingresso do novo sistema, a compra poderá ser realizada nos tótens junto às estações, pelo aplicativo e pelo site. O aluguel também ocorrerá através do TRI. Não haverá mudança na tarifa. Com as novidades, a expectativa da empresa é de que, no primeiro mês de entrega do serviço, a demanda acabe subindo de 27 mil usuários para 50 mil.
Atraso nas ciclovias
O gerente de projetos especiais da EPTC, Antônio Vigna, também esteve presente na reunião. Segundo ele, as estações ficarão mais próximas umas das outras e, consequentemente, a logística de busca e devolução será beneficiada. Uma das questões mais abordadas pelos participantes da audiência diz respeito a execução do plano cicloviário de Porto Alegre. Conforme Vigna, há um atraso na execução do plano. Entretanto, ele afirmou que as melhorias no sistema, e a conclusão de trechos ainda inacabados, deverão ocorrer com maior celeridade a partir do próximo ano. “O futuro é muito mais promissor que o atual momento”, disse.
O vereador Marcelo Sgarbossa (PT), proponente da reunião, aproveitou a oportunidade para ressaltar aos novos operadores que o sistema que esteve em vigor nos últimos anos gerou reclamações por diversos motivos, como a qualidade dos equipamentos, a dificuldade em efetuar o aluguel, entre outros. “Detectamos muitos problemas, como bicicletas fora das estações ou danificadas. Se a bicicleta não funciona, o cidadão muda de modal porque ele perde a confiança no sistema”, opinou
O arquiteto e urbanista Samuel Jachetti foi um dos usuários do sistema compartilhado que relatou sua experiência. Conforme ele, há pelo menos quatro pontos problemáticos que merecem mais atenção dos novos operadores: a falta de bicicletas, a falta de manutenção, a qualidade das ciclovias e a falta de acesso da população de baixa renda ao serviço.