Novo sistema de compartilhamento de bikes inicia em três semanas

Novo sistema de compartilhamento de bikes inicia em três semanas

Audiência pública na Câmara esclareceu dúvidas do novo sistema

Marco Aurélio Ruas

Novo sistema de compartilhamento de bikes inicia em três semanas

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O novo sistema de compartilhamento de bicicletas de Porto Alegre foi apresentado, na tarde desta terça-feira, em audiência pública realizada na Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos (Cedecondh) da Câmara Municipal. Devido aos problemas relatados por usuários do sistema compartilhado, a reunião serviu para que fossem apresentadas as mudanças que serão promovidas pela nova empresa responsável pelo serviço. A nova operação deverá ser iniciada dentro de três semanas.

De acordo com a representante comercial da Tembici, Gabriela de Almeida, serão disponibilizadas 733 vagas e 410 bicicletas, com o mesmo número de unidades reservas. “Não há uma data específica para a inserção do sistema, mas é uma nova tecnologia utilizada globalmente, em cidades como Nova Iorque e Londres”, relatou. Em comparação com o antigo sistema, a nova operação resultará em mais vagas para os usuários. “Atualmente, são entre 10 e 12 lugares para bicicletas em cada estação. Com o novo sistema, virão até 30 lugares. As bicicletas também são mais inclusivas e pensadas para o uso urbano”, contou.

Outra novidade serão as alternativas de pagamento do serviço. Antes, a contratação era realizada apenas através do cartão de crédito através do aplicativo da empresa. A partir do ingresso do novo sistema, a compra poderá ser realizada nos tótens junto às estações, pelo aplicativo e pelo site. O aluguel também ocorrerá através do TRI. Não haverá mudança na tarifa. Com as novidades, a expectativa da empresa é de que, no primeiro mês de entrega do serviço, a demanda acabe subindo de 27 mil usuários para 50 mil.

Atraso nas ciclovias

O gerente de projetos especiais da EPTC, Antônio Vigna, também esteve presente na reunião. Segundo ele, as estações ficarão mais próximas umas das outras e, consequentemente, a logística de busca e devolução será beneficiada. Uma das questões mais abordadas pelos participantes da audiência diz respeito a execução do plano cicloviário de Porto Alegre. Conforme Vigna, há um atraso na execução do plano. Entretanto, ele afirmou que as melhorias no sistema, e a conclusão de trechos ainda inacabados, deverão ocorrer com maior celeridade a partir do próximo ano. “O futuro é muito mais promissor que o atual momento”, disse.

O vereador Marcelo Sgarbossa (PT), proponente da reunião, aproveitou a oportunidade para ressaltar aos novos operadores que o sistema que esteve em vigor nos últimos anos gerou reclamações por diversos motivos, como a qualidade dos equipamentos, a dificuldade em efetuar o aluguel, entre outros. “Detectamos muitos problemas, como bicicletas fora das estações ou danificadas. Se a bicicleta não funciona, o cidadão muda de modal porque ele perde a confiança no sistema”, opinou

O arquiteto e urbanista Samuel Jachetti foi um dos usuários do sistema compartilhado que relatou sua experiência. Conforme ele, há pelo menos quatro pontos problemáticos que merecem mais atenção dos novos operadores: a falta de bicicletas, a falta de manutenção, a qualidade das ciclovias e a falta de acesso da população de baixa renda ao serviço.

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