Novo tumulto é registrado entre presos mantidos no Palácio da Polícia

Os ânimos voltaram a se acirrar entre 12 presos que são mantidos na carceragem da Área Judiciária do Palácio da Polícia, em Porto Alegre, na tarde deste sábado. Eles estão entre os 16 condenados que permanecem em delegacias de Porto Alegre devido à falta de vagas no sistema prisional da Região Metropolitana. O problema persiste desde terça-feira, quando o Presídio Central foi mais uma vez interditado por decisão judicial devido à superlotação. Alguns presos provisórios foram aceitos após flexibilização da Justiça nessa quarta-feira, mas os condenados seguem sob custódia da Polícia Civil.

Segundo o diretor do Departamento de Polícia Metropolitana, delegado Marcelo Moreira, princípios de confusão se repetem a cada momento em que um detento é retirado da cela e os demais se revoltam, batem grades e jogam comida nos policiais. “A gente faz contato de tempos em tempos com a Susepe, mas eles informam que não há previsão de vagas e que não têm lugar para destiná-los ainda. Nesse caso, o defensor público de plantão foi acionado e deve entrar com medida judicial”, relatou o delegado. Contatada pela reportagem, a assessoria de comunicação da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) também não deu qualquer prazo para a solução do problema.

A situação foi controlada no Palácio da Polícia nesse sábado e ninguém ficou ferido. Um princípio de tumulto já havia sido registrado nessa semana entre presos detidos na 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), que exigiam alimento. Além dos 16 condenados mantidos em delegacias da Capital até este sábado, outros estão em cidades da Região Metropolitana sob a jurisdição da Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre (VEC).