Obra da ciclovia da Goethe será retomada na segunda-feira
Paralisação ocorreu por motivos técnicos, mas não deva atrasar a expectativa de entrega da pista
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Iniciada no dia 7 de junho, a obra é uma contrapartida das Lojas Renner. A ciclovia está sendo construída junto ao meio-fio, no nível da calçada, no sentido Norte-Sul. No total, serão entregues 650 metros de pista para ciclistas entre as ruas Vasco da Gama e Castro Alves e entre a Dona Laura e a Mostardeiro.
Canteiro será modificado para dar espaço aos carros - Foto: Guilherme Testa
A interligação entre os dois trechos de obra, entre a Castro Alves e a Dona Laura, ocorrerá pela área de recuo viário, antigo Caminho dos Parques. Conforme a EPTC, estão previstos recortes no canteiro central. Por isso, a ciclovia não reduzirá o espaço para circulação de veículos.
Trajeto da ciclovia é questionado por ciclistas
A Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (Mobicidade) emitiu um ofício questionando o trajeto da ciclovia. No documento, a entidade afirma que o desenho “não irá atender a grande demanda de ciclistas que se deslocam pela avenida, pois direciona o uso de um trajeto demorado e que troca de direção, forçando o ciclista a atravessar pistas de grande velocidade de carros, com tempos de sinaleiras que não beneficiam o modal da bicicleta”.
Desenho da ciclovia é criticado por ciclistas - Imagem: EPTC / Divulgação
Na avaliação da associação, “a serventia do trajeto desta ciclovia será de baixo uso, pois não atenderá as necessidades que o modal da bicicleta necessita”. Com isso, a entidade conclui que os recursos investidos na obra serão desperdiçados, pois os ciclistas continuarão “afastados circulando com a bicicleta a pé pela calçada, ou optando por circular junto ao meio fio ou no centro da via na avenida”.
Além disso, a Mobicidade questiona “o deslocamento da ciclovia dentro e sobre as calçadas, pois desta forma impõem uma série de restrições aos pedestres”.
Sobre os questionamentos da Mobicidade, a EPTC informou que “a ciclovia da Goethe está sendo implantada de acordo com a infraestrutura e o perfil viário previsto pelo Plano Cicloviário de Porto Alegre”. Os moldes da obra, conforme o órgão, “são os indicados para este tipo de via, com fluxo mais intenso” e a mudança de lado da pista “está compatibilizada com a acessibilidade à ciclovia da Vasco da Gama”, facilitando o acesso dos usuários em direção ao Centro e à Ufrgs.
Já a elevação ao nível da calçada foi planejada para proporcionar maior segurança aos ciclistas do local. Desta forma, segundo a EPTC, “não será utilizada área de passeio, apenas recuo viário disponível para a implantação da ciclovia”.
