Obras em prédio com risco de desabar vão durar dois meses

Após a escolha da empresa responsável pela execução da obra de estabilização do prédio localizado na esquina das ruas Marechal Floriano Peixoto e Riachuelo, no Centro de Porto Alegre, o serviço deve ter início neste sábado. O prazo para execução é de dois meses e o investimento calculado é de cerca de R$ 114 mil.

A empresa Itabira Engenharia foi a contratada para retirar os materiais condenados do local, fazer o escoramento estrutural externo e construir uma galeria nas calçadas, para que a passagem possa ser liberada com segurança à população. A Prefeitura providenciou a restauração do prédio, que é tombado pelo patrimônio histórico. Os custos, porém, serão cobrados dos proprietários.

Na noite de domingo, uma parede interna do prédio caiu. Após vistoria, técnicos da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) concluíram que não havia como atestar a segurança da estrutura e decidiram pelo isolamento total da área para evitar qualquer risco.

Para os reparos, o trânsito vai permanecer restrito, com desvios na região. Os veículos que entrarem na Riachuelo pela Dr. Flores terão de fazer uma conversão obrigatória à direita, na rua Vigário José Inácio, e, em seguida, dobrar à esquerda, na avenida Salgado Filho, onde a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) instalou uma sinaleira. Permanecem bloqueados os trechos da Riachuelo entre a Vigário José Inácio e a Marechal Floriano Peixoto, e da Marechal entre a Riachuelo e a Salgado Filho.

Os táxis-lotação Cristal, Ipanema, Tristeza e Guarujá, que partiam da Marechal Floriano, no Centro, foram transferidos para a rua Riachuelo, no trecho entre a Borges de Medeiros e a Marechal Floriano. Já o lotação Rio Branco teve o trajeto do bairro para o Centro alterado a partir da Independência, seguindo pela Pinto Bandeira, Alberto Bins, Doutor Flores, Salgado Filho, Borges de Medeiros, Jerônimo Coelho, Praça da Matriz e Riachuelo, quando retoma o percurso habitual.

Histórico de notificações

O prédio, construído no início do século XX, recebe vistorias periódicas da Smov há 13 anos, sendo que notificações e multas por má conservação já haviam sido encaminhadas aos proprietários. Em janeiro de 2010, a secretaria interditou o local por falta de manifestação dos donos e realizou ações emergenciais como instalação de mecanismos de proteção. O último laudo, datado de março de 2011, apontava relativa estabilidade na construção, sem risco iminente, mas necessitando de reforços estruturais.

Veja como ficam as modificações no trânsito: