Obras inacabadas na avenida Ceará bloqueiam diversos pontos para trânsito

Obras inacabadas na avenida Ceará bloqueiam diversos pontos para trânsito

Empreendimento tinha construção 92% concluída em 2016, segundo Prefeitura, mas ainda apresenta problemas na região

Henrique Massaro

Avenida Ceará ainda está bloqueada por causa das obras iniciadas para Copa de 2014 no Brasil

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Iniciada ainda no ano de 2013, a construção da trincheira da avenida Ceará, na zona Norte de Porto Alegre, é mais um dos empreendimentos inacabados conhecido como obras da Copa – cuja conclusão deveria ser a Copa do Mundo de 2014. Com um custo final previsto em R$ 32 milhões, até hoje a obra acumula entulhos na via e está bloqueada em diversos pontos para o trânsito.

Há mais de um ano, a Prefeitura de Porto Alegre afirmou que a construção estava 92% concluída e que toda a estrutura da trincheira estava pronta. Faltava apenas o alargamento da Ceará, no cruzamento da avenida com a rua 25 de Fevereiro, além da pavimentação do eixo da avenida Farrapos.

Hoje, um ano depois, contudo, ainda há bloqueios na trincheira. A via central, apesar de apresentar alguns vazamentos nas paredes internas, está, aparentemente, concluída. Mesmo assim, a faixa está bloqueada para o trânsito. Entulhos de obras ainda se acumulam próximos ao cruzamento com a 25 de Fevereiro e impedem o acesso de veículos no sentido Centro-bairro.

Em outubro, a Prefeitura de Porto Alegre informou que a conclusão das Obras da Copa remanescentes dependiam de um parecer técnico do Ministério das Cidades sobre um contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal. Em agosto, uma proposta de revisão de contrato de financiamento das obras havia sido entregue na sede da superintendência da Caixa.

Financiamento para conclusão das obras

Antes disso, a Câmara de Vereadores havia aprovado, em 19 de junho, um projeto de lei que permite à Prefeitura financiar os recursos para finalizar as obras junto a instituições financeiras. A previsão era de que o Executivo utilizasse certa de R$ 75 milhões para terminar os empreendimentos, parados em janeiro desse ano, além de quitar dívidas referentes aos trabalhos em andamento e paralisados por falta de pagamento que se aproximam dos R$ 45 milhões.

A Prefeitura propôs, no documento entregue à Caixa, um redirecionamento de R$ 115 milhões do saldo de R$ 249,4 milhões disponíveis para os BRTs (Bus Rapid Transit) para garantir a conclusão de obras. Com essa autorização, juntamente do financiamento de R$ 120 milhões e dos R$ 248,9 milhões do contrato com a Caixa, todas as obras poderiam ser concluídas.

O Correio do Povo solicitou informações à Prefeitura sobre o andamento e possibilidade de retomada das obras. O Executivo, contudo, não se manifestou.

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