OPS reporta aumento significativo de casos de sarampo no Brasil
País responde por mais de 9 mil dos 16,7 mil pacientes
publicidade
Entre os 12 países afetados nas Américas, o Brasil responde pela maior parte dos casos confirmados, 9.898, contra 2.192 até o mês mês anterior, com uma explosão de casos nos estados de Roraima e Amazonas, na fronteira com a Venezuela. A Venezuela, que até o momento concentrava a maior parte dos casos de sarampo na América, também passou de 5.525 em outubro para 6.370 casos confirmados em novembro.
A OPS, entidade regional da Organização Mundial de Saúde (OMS), assinalou que desde o início do ano ocorreram 86 óbitos notificados por sarampo, sendo 73 na Venezuela e o restante no Brasil. No território brasileiro, a maior parte dos casos ocorreu no distrito indígena de Auaris, limítrofe com a Venezuela.
Na Venezuela, a maior concentração ocorre em populações indígenas de diversas etnias nos estados de Amazonas, Delta Amacuro, Monagas e Zulia. Caracas informou que os primeiros casos de sarampo da atual epidemia foram registrados em julho de 2017, de uma cepa originalmente reportada na Ásia e mais tarde, na Europa.
Depois de Brasil e Venezuela, os países com mais casos de sarampo registrados este ano são Estados Unidos (220) e Colômbia (171), segundo a OPS. Os casos de sarampo, uma doença extremamente contagiosa, aumentaram mais de 30% no mundo em 2017 em relação a 2016 e mataram 110 mil pessoas, informou na quinta-feira a OMC, que atribuiu o aumento a "brechas na cobertura de vacinação".
O sarampo é uma doença que além da morte pode causar complicações graves, como encefalite, pneumonia e perda permanente da visão. A doença pode ser evitada mediante uma vacina "segura e eficaz", destaca a OMS.