Pacientes protestam pela fosfoetanolamina sintética em Porto Alegre

Pacientes protestam pela fosfoetanolamina sintética em Porto Alegre

Pílula do câncer tem sido fonte de polêmica

Nereida Vergara

Protesto ocorreu na Praça da Matriz, defronte à Assembleia Legislativa

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Pacientes de câncer e familiares de portadores da doença reuniram-se neste domingo na Praça da Matriz, defronte à Assembleia Legislativa, para cobrar mais agilidade fabricação e distribuição do medicamento fosfoetanolamina sintética, conhecida como a pílula do câncer, mas ainda com comercialização proibida pela Anvisa. O remédio tem sido fonte de polêmica entre médicos e pacientes.

João Soares, organizador do protesto, tenta, através de liminar, obter a pílula para uso de sua esposa, de 47 anos, que está no último grau do câncer de mama. Ele afirma que não tem falsas esperanças de que a fosfoetanolamina possa curar a companheira, mas espera que dê a ela melhor qualidade de vida.

“A Anvisa permite a venda de cigarros em qualquer padaria. Expõe nas embalagens que o produto causa câncer. No entanto, não permite que um doente em estado terminal tenha acesso a um produto que melhora seu estado clínico geral. Se a pessoa vai morrer deveria ter o direito de testar o que quiser, ou para se curar ou o para ter pelo menos dias mais dignos dentro da enfermidade”, desabafou.

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